As cousas sonhadas


As cousas sonhadas só teem
o lado de cá... Não se lhes pode
vêr o outro lado... Não se pode
andar á roda d'ellas... O
mal das cousas da vida é que
as podemos ir olhando por
todos os lados... As cousas de sonho
só teem o lado que vemos... Teem uma
só face, como as nossas almas (como as nossas idéas d'elles)
(como o nosso olhar)



Identificação: bn-acpc-e-e3-94-1-100_0189_93_t24-C-R0150
Heterónimo: Não atribuído
Formato: Folha (18.4cm X 11.5cm)
Material: Papel
Colunas: 1
LdoD Mark: Sem marca LdoD
Manuscrito (pen) : Testemunho manuscrito a tinta preta.
Nota: , Texto escrito no recto de uma folha de papel pautado. Richard Zenith refere nas notas a este fragmento que "apesar da sua afinidade temática com o «Livro do Desassossego», é possível que o trecho pertença ao drama «estático» 'A Morte do Príncipe', como será certamente o caso do fragmento que surge no outro lado da mesma folha: «Sou uma roseira...»" (2012: 526).
Fac-símiles: BNP/E3, 94-93r.1 , BNP/E3, 94-93r.2