Carta a Alvaro Pinto, 29 de Julho de 1913


Da correspondencia a Alvaro Pinto

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Como não vieram no ultimo numero de A AGUIA, nem a minha prosa nem os versos do Cobeira e do Côrtes Rodrigues, desejava saber se lá tinham chegado. A minha collaboração iria tarde, provavelmente, mas julguei ter remetido a tempo as outras cousas.
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Em todo o caso, penso sempre se desagradará ahi qualquer das trez cousas remettidas. O meu amigo sabe que nada mais estimo do que absoluta franqueza n'estes assumptos. O NA FLORESTA DO ALHEIAMENTO será ultra-excessivo, em materia de requinte, para que achem prudente que a A AGUIA o insira? Diga-m'o francamente.

Sobre as poesias dos outros rapazes, não creio que pudesse haver duvida.
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(em 29 de Julho de 1913)


Título: Carta a Alvaro Pinto, 29 de Julho de 1913
Heterónimo: Não atribuído
Número: 0
Página: 40
Data: 29-07-1913
Nota: C-1982 p. XL;
Nota: Na edição de Jacinto do Prado Coelho, Maria Aliete Galhoz transcreve excertos desta carta num conjunto de testemunhos iniciais de Fernando Pessoa sobre o "Livro do Desassossego" (1982: XXXV-XLVII).