Ficções do Interludio | Prefacio


Fic. do Interl.
          Prefacio.


o traço constante de uma
vida dispersa — a solidão
que me acompanha sempre por
mim e porisso me define
e sempre definiu.
        ─────

De todas as fórmas com que se
o homem entretem em viver, ne-
nhuma deveras me foi dada. Tenho
passado pela vida pelas cousas como o espectro
da minha vida, feito d'outra
materia que os mais porém e pensando com o meu
espirito, irmão gemeo da negação de
mim mesmo.


...[ileg.],[ileg.], não vejo. Traço pobre
para a solidão. Este conceito, po-
rém, é pensamento, e o conceito
com que talhei os meus sonhos nem
é pensamentos, e, efectivamente, nem sequer é
conceito. Existo; melhor, existo-o.


A Mario de Sá-Carneiro disse eu uma
vez: [ileg.]
[ileg.]
[ileg.]
[ileg.]
[ileg.]
[ileg.]


Identificação: bn-acpc-e-e3-14-1-1-100_0079_38_t24-C-R0150 | bn-acpc-e-e3-14-1-1-100_0080_38v_t24-C-R0150
Heterónimo: Não atribuído
Formato: Folha (22.3cm X 16.8cm)
Material: Papel
Colunas: 1
LdoD Mark: Sem marca LdoD
Manuscrito (pencil) : Testemunho manuscrito a lápis.
Data: 1916 (medium)
Nota: , Texto escrito num fragmento de papel. No verso do testemunho existe um texto de difícil leitura, que apenas Teresa Sobral Cunha transcreve de forma parcial.
Fac-símiles: BNP/E3, 14(1)-38r.1 , BNP/E3, 14(1)-38r.2