Morte palavra de Deus


                Morte

palavra de Deus, verdade
da vida!

Em nome dos fracos que foram
possuidos e dos fortes que sofreram o
ninguem possuil-os; em nome das
creanças que                    

presenta ao mundo a taça do teu
esquecimento, ergue-o do labio de
teres consolações

Eu vim dos reis, que nunca
renunciaram, dos esquecidos, vago
corpo fora do teu, que é lixo, do
de homens que são terra; dos principes
que vestem o que se corta aos
carneiros e segregam os vermes.


Nem deusa ou deus te
podemos chamar.

Avesso absoluto do
infinito relativo.


Identificação: bn-acpc-e-e3-138-1-100_0203_100-R0150 | bn-acpc-e-e3-138-1-100_0204_100v-R0150
Heterónimo: Não atribuído
Formato: Folha (22.3cm X 17.1cm)
Material: Papel
Colunas: 1
LdoD Mark: Sem marca LdoD
Manuscrito (pen) : Testemunho manuscrito a tinta preta.
Nota: , Texto escrito em recto e verso de uma folha. Apenas Teresa Sobral Cunha inclui este texto no corpus do "Livro do Desassossego". Texto reposicionado imediatamente antes da sequência 'MARCHA FÚNEBRE PARA O REI LUÍS SEGUNDO DA BAVIERA' na edição de 2013.
Fac-símiles: BNP/E3, 138-100.1 , BNP/E3, 138-100.2