Com que luxúria (...) e transcendente



Com que luxúria (...) e transcendente eu, às vezes, passeando de noite nas ruas da cidade e fitando, de dentro da alma, as linhas dos edifícios, as diferenças das construções, as minuciosidades da sua arquitectura, a luz em algumas janelas, os vasos com plantas jazendo irregularidades nas sacadas — contemplando tudo isto, digo, com que gozo de intuição me sobe aos lábios da consciência este grito de redenção: mas nada disto existe!