Todos os movimentos da sensibilidade, por agradáveis que sejam, são sempre interrupções de um estado, que não sei em que consiste, que é a vida íntima dessa mesma sensibilidade. Não só as grandes preocupações, que nos distraem de nós, mas até as pequenas arrelias perturbam uma quietação a que todos, sem saber, aspiramos.
Vivemos quase sempre fora de nós, e a mesma vida é uma perpétua dispersão. Porém, é para nós que tendemos, como para um centro em torno do qual fazemos, como os planetas, elipses absurdas e distantes.