O pessimismo de Omar Khayyam não é o pessimismo do pessimista céptico, mas do pessimista que pensou de mais.
O seu "bebe" é a injunção mais triste que há no mundo. O materialismo aparente é na abdicação perante a impossibilidade de conhecer. Tanto assim que, ao passo que no materialismo ou epicurismo vulgar a nota amorosa é predominante, em Omar ela é quase nula: o vinho, não o amor, é o que busca.
O pensador cansado abdica, na verdade, do amor e da fé, isto é, abdica da vida.