Como simples prazer, antes excitação que alegria, antes tristeza que dor. O prazer, para o espírito decadente, serve se enche o vácuo da existência, se evita que ela pese, não como dor senão como tédio, o tédio que tanto pode proceder da alegria que se prolonga como da dor que, sendo pronta, cansa.
Cantar e exprimir o prazer não como um privilégio [...]
Quem tem do prazer um conceito triste e dolente, porque o tenha da beleza que dele é fonte, conceberá o prazer não como alegria — o que fora um conceito — nem como dor — o que fora trágico —, senão que como um bem futuro, como único bem, leve e breve que seja.
E assim, sem querer, será mais trágico do que devera.
Mas será sempre na beleza humana, ou em relação a ela que de preferência empregará seu ser estético. Mas