A liberdade! E a primeira condição
A liberdade! E a primeira condição da liberdade é libertarmo-nos de nós mesmos,
ser pequenos e abstractos, reconhecermos, apesar do que se vê, que as estrelas são maiores que nós, que as formigas também são gente lá em casa delas, e que...
Pausa no que penso e reparo na gente que se apinha onde o antigo teatro espelha luz na rua larga.
E tudo isto vai ao animatógrafo debaixo do silêncio das estrelas.
Os papéis recortados do trivial como nas prateleiras das cozinhas e a necessidade do trágico.
Tornar solene o que possa haver de mais reles ou trivial na vida e trágico ou triste, o que ou é alegre ou não importa.
Tomar todas as coisas banais, desde que nos aconteçam a nós, por importantes; e todas as coisas que nos comovem, por por isso nos comoverem, como trágicas.
Isto é, tornarmo-nos o centro fervente do universo. Na pompa trágica desta frase cómica baba-se o romantismo inteiro. Ver claro, ver justo, ser os papelotes do trágico entrevisto através das cortinas das janelas por abrir na manhã burguesa.
Se alguma vez me dissessem para uma só coisa pedir ao Destino, esta só lhe pediria — que me conservasse humilde com o sentimento de mim, e orgulhoso com a razão com que entendesse justo esse sentimento.
Quis Chateaubriand dizer em certo passo das suas memórias, que uma Madre de S. Bento fora, sem ser pura, santa.
Como diz? Dizendo-o? Não. Di-lo asssim.
A inimportância do sexual.