NOSSA SENHORA DO SILÊNCIO | Esplendor do nada
Esplendor do nada, nome do abismo, sossego do Além...
Virgem eterna antes dos deuses, e dos pais dos deuses, e dos pais dos pais dos deuses, infecunda de todo o mundo, estéril de todas as almas, (...)
A ti são oferecidos os dias e os seres; os astros são votos no teu templo, e o cansaço dos Deuses volta ao teu regaço como a ave ao ninho que não sabe como fez.
Esplende, ausência de sol; brilha, luar que cessas...
Só tu, sol que não luzes, alumias as cavernas, porque as cavernas são tuas filhas. Só tu, lua que não há, dás às grutas, porque as grutas (...)
Que do auge da /angústia/ se aviste o dia e, se nenhum dia se aviste, que seja esse o dia que se aviste!