Tudo se penetra. A leitura dos clássicos



[18-10-1931] Tudo se penetra. A leitura dos clássicos, que não distinguem os poentes, tem-me tornado inteligíveis muitos poentes, em todas as suas cores.

Há uma relação entre a competência sintáctica, pela qual se distingue a valia do ser, dos sons, e das formas, e a capacidade de compreender quando o azul do céu é realmente verde, e que parte de amarelo existe no verde azul do céu.

No fundo é a mesma coisa — a capacidade de distinguir e de subtilizar. Sem sintaxe não há emoção duradoura. A imortalidade é uma função dos gramáticos.