O instinto infante da humanidade
L. do D.
O instinto infante da humanidade, que faz que o mais orgulhoso de nós, se é homem e não louco, anseie, /beatissimo Padre/, pela mão paternal que o guie, como quer que seja logo que o guie, atravez do mysterio e da confusão do mundo. Cada um de nós é um grão de pó que o vento da vida levanta, e depois deixa cahir. Temos que arrimar-nos a um esteio, que pôr a mão pequena em uma outra mão; porque a hora é sempre incerta, o céu sempre longe, e a vida sempre alheia.
O mais alto de nós não é mais que um conhecedor mais próximo do ôco e do incerto de tudo.
Pode ser que nos guie uma illusão; a consciencia, porém, é que nos não guia.