suspensão
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Bruno Ministro (brunoministro)
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Intervalo e Interrupção no Livro do Desassossego
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A manhã, meio fria, meio morna
O gládio de um relâmpago frouxo
Pasmo sempre quando acabo qualquer coisa
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interstício
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Bruno Ministro (brunoministro)
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Intervalo e Interrupção no Livro do Desassossego
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Cada vez que o meu propósito se ergueu
Há muito — não sei se há dias, se há meses
NOSSA SENHORA DO SILÊNCIO | Tu não és mulher
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interlúdio
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Bruno Ministro (brunoministro)
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Intervalo e Interrupção no Livro do Desassossego
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Criei para mim, fausto de um opróbrio
Do Prefácio às FICÇÕES DO INTERLÚDIO | Nestes desdobramentos de personalidade
Do Prefácio às FICÇÕES DO INTERLÚDIO | Umas figuras insiro em contos
Ficções do interlúdio
Há muito — não sei se há dias, se há meses
Tenho sido sempre um sonhador irónico
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interrupção
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Bruno Ministro (brunoministro)
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Intervalo e Interrupção no Livro do Desassossego
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... a acuidade dolorosa das minhas sensações
... reles como os fins da vida que vivemos
A liberdade é a possibilidade do isolamento
Alastra ante meus olhos saudosos
Doem-me a cabeça e o universo
FRAGMENTOS DE UMA AUTOBIOGRAFIA | O meu hábito vital da descrença
Foi-se hoje embora, disseram que definitivamente
Há muito — não sei se há dias, se há meses
Nunca durmo: vivo e sonho
Não sei porquê — noto-o subitamente
Os classificadores de coisas
Pasmo sempre quando acabo qualquer coisa
Prouvera aos deuses
Quem quisesse fazer um catálogo de monstros
Tenho mais pena dos que sonham o provável
Trazei vós o pálio de ouro e morte
VIA LÁCTEA | Em mim o que há de primordial
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intervalo
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Bruno Ministro (brunoministro)
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Intervalo e Interrupção no Livro do Desassossego
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Antes que o estio cesse e chegue o outono
Cada vez que o meu propósito se ergueu
Depois dos dias todos de chuva
Depois que as últimas chuvas deixaram o céu
Depois que o calor cessou
ESTÉTICA DA INDIFERENÇA
Floresce alto na solidão nocturna
Há muito — não sei se há dias, se há meses
Há sossegos do campo na cidade
INTERVALO DOLOROSO [Coisa arrojada]
INTERVALO DOLOROSO [Como alguém cujos olhos]
INTERVALO DOLOROSO [Nem no orgulho tenho consolação]
INTERVALO DOLOROSO [Se me perguntardes]
INTERVALO DOLOROSO [Sonhar, para quê?]
INTERVALO DOLOROSO [Tudo me cansa]
INTERVALO [Antefalhei a vida]
INTERVALO [Esta hora horrorosa]
Invejo — mas não sei se invejo —
MARCHA FÚNEBRE [Que faz cada um]
Meditei hoje, num intervalo de sentir
NOSSA SENHORA DO SILÊNCIO | Tu não és mulher
Nota para as edições próprias
Nuvens... Hoje tenho consciência do céu
Não se subordinar a nada
O gládio de um relâmpago frouxo
O que há de mais reles nos sonhos
O sócio capitalista aqui da firma
Quando durmo muitos sonhos
SINFONIA DE UMA NOITE INQUIETA
Sim, é o poente
Toda a vida da alma humana é um movimento
Tudo se me evapora
[PAISAGEM DE] CHUVA [E, por fim — vejo-o]
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