Edição do Arquivo LdoD - Usa (BNP/E3, 94-94)

Vêde... sou uma roseira


Vêde... sou uma roseira branca
na minha realidade de alma...
A minha verdadeira vida é
toda aromatica no além...
Ah mas que outra vida mais real
que a da terra... Minha vida
é profunda como uma morte
absoluta...

Quando o vento sacode as arvores
e os arbustos, elles ás vezes traçam
no chão gestos de recortes humanos.
O perfil das cousas é humano
muitas vezes. É para que aos
homens seja suggerido que as
cousas são symbolos.

Quem te diz que eu não sou
uma roseira branca e este


corpo que pelos olhos conheces,
o meu mero perfume... És
cego realmente, e só aprehendes
o meu perfume irreal sob
a fórma real de visão...