À minha incapacidade de viver


À minha incapacidade de viver chrismei de genio, á minha cobardia cobria-a de lhe chamar requinte. Puz- me a mim — /Deus dourado/ com /ouro falso/ —, n'um altar de papelão pintado para parecer marmore.

Mas eu não me enganei, nem na consciencia ☐ do meu enganar-me.


Título: À minha incapacidade de viver
Heterónimo: Não atribuído
Número: 528
Página: 489
Nota: [9-33ar];
Nota: Jerónimo Pizarro edita este texto em apêndice, no conjunto intitulado "Textos sem destinação certa inventariados dentro do núcleo" (2010: 477-489).