Com que luxuria


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Com que luxuria         e transcendente eu,
ás vezes, passeando de noite nas ruas da cidade
e fitando, de dentro d'alma, as li-
nhas dos edificios, as differenças das
construcções, as minuciosidades da sua archi-
tectura, a luz em algumas janellas, os vasos
com plantas fazendo irregularidades nas saccadas — contemplando tudo isto, digo, com
que gôso de intuição me subia aos labios
da consciencia este grito da redempção: mas
nada d'isto é real existe!


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Uma tradução pode valer muito.
Será preciso lembrar-lhe que a chamada
Versão Authorizada da Biblia é um dos
classicos da lingua ingleza? Se essa tra-
dução — a mais bella do mundo —
não fôsse tão bella quantos crentes
não teriam perdido as egrejas da sua
patria? Se fôsse uma reles cousa no
genero da Vulgata? Dolorosa idéa conso-
ladora que nos assoma á mente em


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pergunta interrogação: quantos crentes deve a Ingla-
terra ao estylo da Versão Authorizada?


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Se tudo o que espero mallograr, resta-me
a esperança de ir para o campo
plantar batatas á sombra do ideal.


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Quando o meu amigo A. S.
se pseudonyma em Will Search;


Identificação: bn-acpc-e-e3-14-2-1-101_0113_55_t24-C-R0150 | bn-acpc-e-e3-14-2-1-101_0114_55v_t24-C-R0150
Heterónimo: Não atribuído
Formato: Folha (22.1cm X 17.1cm)
Material: Papel
Colunas: 1
LdoD Mark: Sem marca LdoD
Manuscrito (pen) : Testemunho manuscrito a tinta preta.
Nota: , Texto escrito em recto e verso de uma folha inteira.
Fac-símiles: BNP/E3, 14(2)-55.1 , BNP/E3, 14(2)-55.2