Quantas vezes, no decurso dos mundos



Quantas vezes, no decurso dos
mundos, não terá um cometa
errante posto fim a uma Terra!
A uma catastrophe tão
da materia está ligada a
sorte de tanto projecto
do espirito. A Morte espreita,
como uma irmã do
espirito, e o Destino

Morte é o estarmos
sujeitos a um
exterior qualquer, e
nós, em cada
momento da nossa
vida, somos um
reflexo e um effeito
do que nos cerca.

A morte subjaz o nosso
gesto vivido. Mortos
nascemos, mortos vivemos,
mortos já
entramos na morte.
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Compostos de cellulas
vivas e em
desagregação

somos feitos
da morte.




Identificação: bn-acpc-e-e3-49a-6-1-53_0001_1_t24-C-R0150 | bn-acpc-e-e3-49a-6-1-53_0002_1v_t24-C-R0150 | bn-acpc-e-e3-49b-4-1-101_0033_17-17a_t24-C-R0150 | bn-acpc-e-e3-49b-4-1-101_0034_17v-17av_t24-C-R0150
Heterónimo: Não atribuído
Formato: Folha (20.2cm X 15.1cm, 16.5cm X 11.1cm)
Material: Papel
Colunas: 1
LdoD Mark: Sem marca LdoD
Manuscrito (pen) : Testemunho manuscrito a tinta preta.
Data: 12-01-1920 (medium)
Nota: , Texto escrito em recto de duas folhas de tom azulado. No verso da primeira folha está um apontamento datilografado. Em 19A(6)-1r encontramos o poema "Limitations (I have no choice but dreams,)" de 12/1/1920, no verso encontramos um pequeno trecho datilografado e o texto editado manuscrito. Zenith indica que a penúltima frase de "Quantas vezes", com outra pontuação, figura no sexto parágrafo do trecho "Marcha Fúnebre" (138A-33 e 138A-34r). O documento 49B(4)-17 é materialmente próximo deste fragmento.
Fac-símiles: BNP/E3, 49A(6)-1-49B(4)-17.1 , BNP/E3, 49A(6)-1-49B(4)-17.2 , BNP/E3, 49A(6)-1-49B(4)-17.3 , BNP/E3, 49A(6)-1-49B(4)-17.4