Edição Virtual: Intertextualidade Filosófica


Editores: Diego Giménez

Sinopse: A presente edição pretende mostrarar, por um lado, a rede intertextual filosófica que nutre o "Livro do Desassossego". Dito levantamento deriva do trabalho realizado com as ferramentas de taxonomia e pesquisa que fornece o arquivo digital LdoD do Centro de Literatura Portuguesa da Universidade de Coimbra. No que diz respeito à intertextualidade, segue-se a definição de Genette em Palimpsestos (2010) . Apesar da definição de Genette ser precisa e concreta, são necessários alguns esclarecimentos para que a análise possa ser efetuada da forma mais clara possível. Por um lado, quando o teórico francês fala de citação, “(com aspas, com ou sem referência precisa)”, aplica-se, neste caso, só às citações com aspas, agrupadas no grupo C. Quando Pessoa cita o texto de um heterónimo, considera-se autocitação, Ca. No que diz respeito à alusão, contam-se os nomes próprios (a nomeação de um autor determinado faria alusão à sua obra ou teorias por um processo metonímico) e aqueles enunciados não explícitos que pressupõem a compreensão de um outro. Da mesma forma, note-se que, quando Pessoa menciona um nome próprio, pode estar a fazê-lo através de uma fonte secundária. Assim, podem-se dividir as alusões em três grupos: as autoalusões, aquelas que são facilmente reconhecíveis (por exemplo, a menção literal do nome de um filósofo ou uma teoria filosófica) e as que são menos explícitas e literais, Aa, A1 e A2 respectivamente.

Taxonomia: Intertextualidade Filosófica

52 Fragmentos: