Tenho as opiniões mais desencontradas, as crenças mais diversas. É que nunca penso, nem fallo, nem ajo... Pensa, falla, age por mim sempre um sonho qualquér meu, em que me encarno de momento. Vou a fallar e fallo /eu-outro/. De meu, só sinto uma incapacidade enorme, um vácuo immenso, uma incompetencia ante tudo q[uan]to é a vida. Não sei os gestos a acto nenhum real, ☐
Nunca aprendi a existir.
Tudo que quero consigo, logo que seja dentro
de mim.
Se me perguntardez se sou feliz, responder-vos-hei que o não sou (I[ntervallo] Dol[oroso])
─────
Quero que a leitura d'este livro vos deixe a impressão de terdes atravessado em pesadello voluptuoso.
─────
O que antes era moral, é esthetico hoje para nós... O que era social é hoje individual...
─────
Para quê olhar para os crepusculos se tenho em mim milhares de crepusculos diversos — alguns dos quaes que o não são — e se, além de os olhar dentro de mim, eu proprio os sou, por dentro e por fóra?