A série, ou colecção, de livros, cuja publicação com a deste se inicia, representa, não um processo novo em literatura, mas uma maneira nova de empregar um processo já antigo.
A confecção destas obras não manifesta um qualquer estado de opinião metafísica. Quero dizer: com o escrever estes "aspectos" da realidade, totalizados em pessoas que os tivessem, não pretendo ter uma filosofia que insinue que só há de real o haver aspectos de uma realidade ou ilusiva, ou inexistente. Não tenho, nem essa crença filosófica, nem a crença filosófica contrária. Adentro do meu mister, que é literário, sou um profissional, no sentido superior que o termo tem; isto é, sou um trabalhador científico que a si não permite que tenha opiniões estranhas à especialização literária a que se entrega. E o não ter nem esta, nem aquela, opinião filosófica, a propósito da confecção destas pessoas-livros, tão-pouco deve induzir a crer que sou um céptico. A questão está num plano onde a especulação metafísica, porque não entra legitimamente, escusa de ter estes ou aqueles, característicos. Como o físico não tem metafísica no seu laboratório e a não tem o clínico nos diagnósticos que faça, não porque a não tenha um homem, não porque a não possa ter, mas porque (...) assim o problema metafísico meu não existe, porque não pode, nem tem que existir adentro das capas destes meus livros de outros.