Tive sempre, confesso, uma grande simpatia pelos traidores e pelas nações capazes de os produzir em abundância. O traidor é um individualista extremo que acima do laço apertado do sentimento da pátria — tão natural e tão instintivo — põe, por lucro ou ganho, a sua personalidade individual.
A Inglaterra tem muitos germanófilos — germanófilos ingleses, entenda-se. Na França, entre franceses, creio que não haverá um germanófilo. Basta isto para provar a superioridade da civilização inglesa à civilização da França.
Um país que, produzindo patriotas e soldados, produz também antipatriotas e traidores, é isso que é um país todo unido em torno à humanidade que o representa.