Contava as mortes que
tivera na familia — não ouvi
bem quaes eram — sussurrava
as maguas que ellas lhe
haviam causado, e, de
repente, sem aviso ao
universo, sem que ∧poder (?)
reparasse ∧reparar no que dizia
ou reparassemos nós os
que o escutavamos,
re-
mata,
a erguer a chave-
na do café já
sem fumo:
"Assim é a vida,
mas eu não
concordo."
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Acordei com uma violencia
∧enorme, e registei a lapis ∧subito, logo,
a phrase dita, para
que não me esquecesse
pela sua mesma simplici-
dade.
"Assim é a vida,
mas eu não concordo" —
É a lucta interior dum
homem da rua nas
suas relações com a Natureza.
A sua expressão exacta, mera phrase casual e
alheia de um homem que não sei quem é, nem sabe de
si nem mais que eu sei d'elle.
Toda a arte, toda a religião, tudo quanto nos
intriga do existir, do e de nós mesmo vive.