Contava as mortes que
 tivera na familia — não ouvi
 bem quaes eram — sussurrava 
 as maguas que ellas lhe
 haviam causado, e, de
 repente, sem aviso ao
 universo,  sem que ∧poder (?)
 reparasse ∧reparar no que dizia
 ou reparassemos nós os
 que o escutavamos, 
                        re-
mata, 
                        a erguer a chave-
na do café já
 sem fumo:
 "Assim é a vida,
 mas eu não
 concordo."
 ────────────────
 Acordei com uma violencia
 ∧enorme, e registei a lapis ∧subito, logo,
 a phrase dita, para
 que não me esquecesse
 pela sua mesma simplici-
dade. 
                        "Assim é a vida,
 mas eu não concordo" —
 É a lucta interior dum
 homem da rua nas
 suas relações com a Natureza.
 A sua expressão exacta, mera phrase casual e
 alheia de um homem que não sei quem é, nem sabe de
 si nem mais que eu sei d'elle.
 Toda a arte, toda a religião, tudo quanto nos
 intriga do existir, do            e de nós mesmo vive.