Reduzir a sensação a uma ciência
Reduzir a sensação a uma ciência, fazer da análise psicológica um método preciso como um instrumento de micróscopo — pretensão que ocupa, sede calma, o nexo de vontade da minha vida...
É entre a sensação e a consciência dela que se passam todas as grandes tragédias da minha vida. Nessa região indeterminada, sombria, de florestas e sons da água toda, neutral até ao ruído das nossas guerras, decorre aquele meu ser cuja visão em vão procuro...
Jazo a minha vida. (As minhas sensações são um epitáfio gongórico sobre a minha vida morta.) Aconteço-me a morte e ocaso. O mais que posso esculpir é sepulcro meu a beleza interior.
Os portões do meu afastamento abrangem para parques de infinito, mas ninguém passa por eles, nem no meu sonho — mas abertos sempre para o inútil e de ferro eternamente para o falso...
Desfolho apoteoses nos jardins das pompas interiores e entre buxos de sonho piso, com uma sonoridade dura, as áleas que conduzem a Confuso.
Acampei Impérios no Confuso, à beira de silêncios, na guerra fulva em que acabará o Exacto.