Sou curioso de todos, ávido de tudo



Sou curioso de todos, ávido de tudo, voraz da ideia de todas. Pesa-me como a perda de (...) a noção que tudo não pode ser visto, nem tudo lido, nem tudo pensado...

Mas não vejo com atenção, nem leio com importância, nem penso com prosseguimento. Em tudo sou um diletante intenso e fruste.

A minha alma é fraca de mais para ter sequer a força do seu próprio entusiasmo. Sou feito das ruínas do inacabado e é uma paisagem de desistências a que definiria o meu ser.

Divago, se me concentro; tudo em mim é decorativo e incerto, como um espectáculo na bruma...

Que D. Sebastião venha pelo nevoeiro não desdiz da história. Toda a História vai e vem entre névoas, e as maiores batalhas das que se narram, e as maiores pompas, os mais largos conseguimentos não são mais que espectáculos na bruma, cortejos na distância do crepúsculo e /do apagamento/.