O vento levantou-se...


o vento levantou-se... Primeiro era como a voz de um vacuo... um soprar do espaço para dentro de um buraco, uma falta no silencio do ar. Depois ergueu-se um soluço, um soluço do fundo do mundo, o sentir-se que tremiam vidraças, e que era realmente vento. Depois soou mais alto, urro surdo, um chorar sem ser entre o augmento nocturno, um ranger de coisas, um cahir de bocados, um atomo de acabar do mundo.

Depois, parecia que ☐


Título: O vento levantou-se...
Heterónimo: Não atribuído
Número: 504
Página: 477
Data: 1930 (low)
Nota: [1-72r];
Nota: Jerónimo Pizarro inclui este texto em apêndice no conjunto "Textos sem destinação certa inventariados dentro do núcleo" (2010: 477-489).