Para além d'estas coisas do mundo profano, há, é certo, as lições secretas das ordens iniciáticas, os mistérios patentes, quando secretos, ou velados, quando os figuram ritos públicos. Há o que está oculto ou meio oculto nos grandes ritos católicos, seja no Ritual de Maria na Igreja Romana, seja a Cerimónia do Espírito na Franco-Maçonaria. Mas quem nos diz, afinal, que o iniciado, quando íncola dos penetrais dos mistérios, não é senão avara presa da nossa nova face da ilusão? Que é a certeza que tem, se mais firme que ele a tem um louco no que lhe é loucura? Dizia Spencer que o que sabemos é uma esfera que, quanto mais se alarga, em tantos mais pontos tem contacto com o que não sabemos nunca. Nem me esquecem, neste capítulo do que as iniciações podem ministrar, as palavras terríveis de um mestre da Magia "Já vi Ísis", diz, "já toquei em Ísis: não sei contudo se ela existe."