Symph. de uma noite inquieta
L do D
Symph[onia] de uma noite inquieta
Dormia tudo como se o universo fôsse um erro; e o vento, fluctuando incerto, era uma bandeira sem forma desfraldada sobre um edificio sem ser. Esfarrapava-se cousa nenhuma no ar alto e forte, e os caixilhos das janelas saccudiam os vidros para que o lado de cá se ouvisse. No fundo de tudo, calada, a alma soffria com pena de Deus.
E, de repente — nova ordem das coisas universaes agia sobre a cidade — o vento assobiava no intervalo do vento, e havia uma noção dormida de muitas agitações na altura. Depois a noite fechava-se como um alçapão, e um grande socego fazia vontade de ter estado a dormir.