L. do D.
Este ar baixo de nuvens paradas. O azul do ceu estava sujo de branco transparente.
O moço, ao fundo do escriptorio, suspende um minuto o cordel à roda do embrulho eterno...
"Como está […]," commenta estatisticamente.
Um silencio frio. Os sons da rua como que foram cortados à faca. Sentiu-se, prolongadamente, como um mal-estar de tudo, um suspender cósmico da respiração. Parara o universo inteiro. Momentos, momentos, momentos. A treva encarvoou-se de silencio.
Subito, aço vivo (...)
Que humano era o toque metallico dos electricos!
Que paysagem alegre a simples chuva na rua ressuscitada do abysmo!
Oh, Lisboa, meu lar!