Esplendor do nada, nome do abismo, sossego do Além...
Virgem eterna antes dos deuses, e dos pais dos deuses, e dos pais dos pais dos deuses, infecunda de todos os mundos, estéril de todas as almas...
A ti são oferecidos os dias e os seres; os astros são votos no teu templo, e o cansaço dos deuses volta ao teu regaço como a ave ao ninho que não sabe como fez.
Que do auge da angústia se aviste o dia, e, se nenhum dia se avista, que seja esse o dia que se aviste!
Esplende, ausência de sol; brilha, luar que cessas...
Só tu, sol que não brilhas, alumias as cavernas, porque as cavernas são tuas filhas. Só tu, lua que não há, dás ☐ às grutas, porque as grutas ☐