MARCHA FÚNEBRE
Figuras hieráticas, de hierarquias ignotas, se alinham nos corredores a esperar-te — pajens de doçura loura, jovens de ☐ em cintilares dispersos de lâminas nuas, em reflexos irregulares de capacetes e adornos altos, em vislumbres sombrios de ouro fosco e sedas.
Tudo quanto a imaginação adoece, o que de fúnebre dói nas pompas e cansa nas vitórias, o misticismo do nada, a ascese da absoluta negação.
Não os sete palmos de terra fria que se fecham sobre os olhos fechados sob o sol quente e ao lado da erva verde,
mas a morte que excede a nossa vida e é uma vida ela mesma — uma morta presença em algum deus, o ignoto deus da religião dos mesmos deuses.
O Ganges passa também pela Rua dos Douradores. Todas as épocas estão neste quarto estreito — a mistura ☐ a sucessão multicolor das maneiras, as distâncias dos povos, e a vasta variedade das nações.
E ali, em êxtase de pena sem nome, sei esperar a Morte entre gládios e ameias.