Edição Virtual: Filme do Desassossego


Editores: Manuel Portela

Sinopse: Esta edição virtual reconstrói a montagem do "Livro do Desassossego" feita por João Botelho no "Filme do Desassossego" (2010). A edição virtual "LdoD-Filme" baseia-se na edição de Richard Zenith. A ordenação dos textos nesta edição virtual corresponde à ordem pela qual são citados no filme. Foram assinalados em cada fragmento do "Livro do Desassossego" os passos usados em todas as cenas do filme. As cenas foram numeradas e anotadas através de uma taxonomia que identifica sumariamente os principais espaços, figuras e referências do livro e do filme. Interpolações não provenientes do "Livro do Desassossego" foram etiquetadas como "Texto Adicional". Foi ainda marcada a minutagem correspondente aos trechos citados (no campo das categorias essa marcação aparece sob a forma "hora-minuto-segundo", por exemplo, 00-23-38). Deste modo, torna-se possível percorrer de forma cruzada quer os diferentes textos, quer as categorias que os agrupam, quer ainda as múltiplas sequências do filme, dando a ver e a ler a complexa e profunda reinvenção do Livro que ocorre no Filme. A edição virtual "LdoD-Filme" pretende ser um contributo para a compreensão da relação entre montagem literária e montagem fílmica na obra de João Botelho. Esta edição foi criada, em setembro de 2021, no âmbito da minha participação no Colóquio João Botelho “filmo um texto como se fosse um rosto”, que decorreu a 23 e 24 de setembro na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

Taxonomia: Filme do Desassossego

88 Fragmentos:

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Número
Título
Categoria
Usa Edições
1Minha alma é uma orquestra oculta 00-00-01
00-42-41
Cena 01
Cena 19
orquestra
restaurante
senhora no restaurante 1
->Zenith
2PERISTILO | Às horas em que a paisagem Cena 02
livro do desassossego
->Zenith
3Não sei o que é o tempo Cena 03
Fernando Pessoa
bar
relógio
tempo
->Zenith
4PREFÁCIO 00-04-12
00-04-40
00-05-07
00-10-20
01-53-24
Bernardo Soares
Cena 03
Cena 04
Cena 56
Fernando Pessoa
Texto Adicional 01
Texto Adicional 02
Texto Adicional 03
Texto Adicional 15
bar
bêbado corpulento
cena de pugilato
conversa casual
homem de gravata rosa
homem de gravata verde
livro do desassossego
manuscrito
mulher de azul
mulher de verde
mulher de vermelho
rua
taxi
->Zenith
5A Armando Cortes-Rodrigues, em 19 de Novembro de 1914 Bernardo Soares
Cena 04
Fernando Pessoa
escrita
rua
->Zenith
6A literatura, que é a arte casada com o pensamento Bernardo Soares
Cena 04
Fernando Pessoa
rua
->Zenith
7Amo, pelas tardes demoradas de verão Bernardo Soares
Cena 04
Fernando Pessoa
rua
->Zenith
8PREFÁCIO | Ele mobilara 00-13-08
00-13-51
00-14-16
Bernardo Soares
Cena 05
Fernando Pessoa
Texto Adicional 05
livro do desassossego
manuscrito
publicação
quarto
->Zenith
9É nobre ser tímido, ilustre não saber agir Bernardo Soares
Cena 05
Fernando Pessoa
quarto
->Zenith
10Nasci em um tempo 00-15-45
00-15-55
00-19-30
00-21-17
00-22-48
00-23-38
Bernardo Soares
Carminho
Cena 06
Cena 07
Cena 08
Cena 09
Cena 10
Texto Adicional 04
baloiço
cama
canção
casal nu
escadaria do prédio
janela
mulher e criança
quarto
rio
rua
tunel
->Zenith
11Pertenço a uma geração que herdou a descrença Bernardo Soares
Cena 06
cama
escrita
quarto
secretária
->Zenith
12FRAGMENTOS DE UMA AUTOBIOGRAFIA | Do estudo da metafísica Bernardo Soares
Cena 11
empregado de mesa
restaurante
->Zenith
13A miséria da minha condição Bernardo Soares
Cena 11
empregado de mesa
restaurante
->Zenith
14Tenho que escolher o que detesto Bernardo Soares
Cena 11
homem sentado à mesa
mulher e criança
->Zenith
15Não são as paredes reles do meu quarto vulgar Bernardo Soares
Cena 12
rua
->Zenith
16Tudo quanto não é a minha alma é para mim Bernardo Soares
Cena 12
rua
->Zenith
17ABSURDO Bernardo Soares
Cena 13
igreja
->Zenith
18Penso às vezes que nunca sairei Bernardo Soares
Cena 13
igreja
->Zenith
19Sou mais velho que o Tempo Bernardo Soares
Cena 13
igreja
->Zenith
20Que de Infernos e Purgatórios Bernardo Soares
Cena 13
Cena 32
escritório
igreja
língua
->Zenith
21Várias vezes, no decurso da minha vida Bernardo Soares
Cena 13
igreja
->Zenith
22PAISAGEM DE CHUVA [Em cada pingo] Bernardo Soares
Cena 13
igreja
->Zenith
23Onde está Deus, mesmo que não exista? Bernardo Soares
Cena 13
Cena 41
igreja
janela
noite
quarto
vento
->Zenith
24Invejo a todas as pessoas o não serem eu Bernardo Soares
Cena 14
rua
->Zenith
25De repente, como se um destino Bernardo Soares
Cena 14
cidade
rua
->Zenith
26Quando durmo muitos sonhos 00-32-36
00-32-46
00-33-04
Bernardo Soares
Cena 14
Texto Adicional 06
cidade
rapariga pálida
rio
rua
->Zenith
27Não me indigno, porque a indignação Bernardo Soares
Caetano Veloso
Cena 15
canção
homem sentado no chão
rapariga pálida
sombras
tunel do metro - peões
->Zenith
28... e um profundo e tediento desdém 01-35-56
01-36-08
Bernardo Soares
Cena 16
tunel do metro - comboio
->Zenith
29Sinto-me às vezes tocado 00-36-26
00-36-31
00-36-49
Bernardo Soares
Cena 17
Texto Adicional 07
cemitério
diálogo
funeral de criança
homem no funeral 1
homem no funeral 2
->Zenith
30Reconheço, não sei se com tristeza 00-38-52
00-39-09
00-39-20
00-39-35
00-39-43
Bernardo Soares
Cena 17
Texto Adicional 08
cemitério
mãe
pai
vagabundo
->Zenith
31No nevoeiro leve da manhã de meia-primavera Bernardo Soares
Cena 17
cemitério
->Zenith
32O homem perfeito do pagão Cena 18
empregado de mesa
lagosta
restaurante
->Zenith
33Assim como, quer o saibamos quer não 00-41-24
00-41-28
00-41-29
Cena 18
cozinha
cozinheiro
rapaz das saladas
restaurante
->Zenith
34Não se subordinar a nada 00-41-35
00-41-38
Cena 18
cozinha
cozinheiro
rapaz das saladas
restaurante
->Zenith
35Uma só coisa me maravilha mais do que a estupidez 00-41-52
Cena 18
cozinha
cozinheiro
rapaz das saladas
restaurante
->Zenith
36Um hálito de música ou de sonho 00-42-35
Cena 19
restaurante
senhora no restaurante 1
senhora no restaurante 2
->Zenith
37A maioria dos homens 00-42-54
Cena 19
cavalheiro no restaurante 2
mesa de restaurante
restaurante
->Zenith
38Uma opinião é uma grosseria 00-42-58
Cena 19
cavalheiro no restaurante 1
mesa de restaurante
restaurante
->Zenith
39O entusiasmo é uma grosseria 00-43-09
Cena 19
cavalheiro no restaurante 2
mesa de restaurante
restaurante
->Zenith
40Ter opiniões é estar vendido a si mesmo 00-43-12
Cena 19
cavalheiro no restaurante 3
mesa de restaurante
restaurante
->Cunha
41Nenhuma ideia brilhante consegue entrar 00-43-23
Cena 19
cavalheiro no restaurante 1
mesa de restaurante
restaurante
->Zenith
42A arte consiste em fazer os outros sentir 00-43-38
Cena 19
mesa de restaurante
restaurante
senhora no restaurante 3
->Zenith
43Visto que talvez nem tudo seja falso 00-43-46
Cena 19
mesa de restaurante
restaurante
senhora no restaurante 3
->Zenith
44CASCATA 00-44-23
Cena 19
mesa de restaurante
restaurante
senhora no restaurante 1
senhora no restaurante 2
->Zenith
45Desde o meio do século dezoito 00-44-41
00-45-19
Cena 19
Texto Adicional 09
empregado de mesa
mesa de restaurante
restaurante
senhora no restaurante 1
senhora no restaurante 2
->Zenith
46INTERVALO DOLOROSO [Tudo me cansa] 00-45-37
00-47-03
Bernardo Soares
Cena 20
Cena 21
Texto Adicional 10
Texto Adicional 12
fila da sopa
homem na fila da sopa 1
homem na fila da sopa 2
homens e mulheres
restaurante
rua
vidro
->Zenith
47O campo é onde não estamos 00-46-07
Bernardo Soares
Cena 21
Texto Adicional 11
fila da sopa
homens e mulheres
mulher na fila da sopa 1
mulher na fila da sopa 2
rua
->Zenith
48Doem-me a cabeça e o universo 00-46-24
00-46-36
00-46-40
00-46-45
Bernardo Soares
Cena 21
fila da sopa
homens e mulheres
mulher na fila da sopa 2
rua
->Zenith
49Nas vagas sombras de luz Bernardo Soares
Cena 21
fila da sopa
homem na fila da sopa 1
homens e mulheres
rua
->Zenith
50O que há de mais reles nos sonhos Bernardo Soares
Cena 21
fila da sopa
homem na fila da sopa 2
homens e mulheres
rua
->Zenith
51Antes que o estio cesse e chegue o outono Bernardo Soares
Cena 21
fila da sopa
homens e mulheres
rua
->Zenith
52Tudo se me evapora Bernardo Soares
Cena 21
fila da sopa
noite
rua
trovoada
->Zenith
53Quantas vezes, presa da superfície e do bruxedo 00-48-30
Bernardo Soares
Cena 21
mulher de casaco de pele
rua
trovoada
->Zenith
54Se considero com atenção a vida 00-48-50
00-49-07
00-49-29
00-55-56
Cena 22
Cena 26
Ricardo Ribeiro
banquete
canção
homens e mulheres na rua
mulher de casaco de pele
noite
->Zenith
55Depois que os últimos pingos da chuva Bernardo Soares
Cena 22
Cena 23
noite
quarto
->Zenith
56Há um cansaço da inteligência abstracta Bernardo Soares
Cena 23
noite
quarto
->Zenith
57Nós não podemos amar, filho Bernardo Soares
Cena 24
cópula
noite
->Zenith
58O relógio que está lá para trás Bernardo Soares
cama
noite
quarto
->Zenith
59Por mais que pertença, por alma Bernardo Soares
Cena 25
noite
rua
->Zenith
60Esse lugar activo de sensações Bernardo Soares
Cena 25
homens e mulheres na rua
noite
->Zenith
61Tenho sido sempre um sonhador irónico Cena 26
banquete
mulher sobre a mesa
->Zenith
62PAISAGEM DE CHUVA [Toda a noite] Bernardo Soares
Cena 27
cama
noite
quarto
sombras
->Zenith
63Nuvens... Hoje tenho consciência do céu Bernardo Soares
Cena 28
céu
nuvens
->Zenith
64Não compreendo senão como uma espécie de falta Bernardo Soares
Cena 29
Rua dos Douradores
escritório
rua
->Zenith
65O sócio capitalista aqui da firma Bernardo Soares
Cena 30
Texto Adicional 12
escritório
fotografia
->Zenith
66TROVOADA Bernardo Soares
Cena 31
Lisboa
escritório
trovoada
->Zenith
67Sobra silêncio escuro lividamente Bernardo Soares
Cena 31
escritório
patrão Vasques
trovoada
->Zenith
68Gosto de dizer Bernardo Soares
Cena 32
Vieira
escritório
leitura
língua
->Zenith
69Hoje, como me oprimisse a sensação do corpo Bernardo Soares
Cena 33
Texto Adicional 13
empregado de mesa
restaurante
->Zenith
70Nunca deixo saber aos meus sentimentos 01-07-35
01-07-56
01-08-12
01-08-41
01-08-51
01-08-57
01-09-17
01-10-10
01-10-29
01-10-38
01-10-46
01-11-17
Bernardo Soares
Cena 34
diálogo
empregado de mesa
homem da gramática
mesa de restaurante
mulher da gramática
restaurante
->Zenith
71Às vezes, quando ergo a cabeça Bernardo Soares
Cena 35
escritório
->Zenith
72Passaram meses sobre o último que escrevi Bernardo Soares
Cena 35
escritório
mosca
->Zenith
73MARCHA FÚNEBRE PARA O REI LUÍS SEGUNDO DA BAVIERA | Hoje, mais demorada do que nunca 01-14-58
01-16-26
01-17-25
01-18-19
01-19-05
Cena 36
Luís Segundo da Baviera
Morte
floresta
ópera
->Zenith
74MARCHA FÚNEBRE PARA O REI LUÍS SEGUNDO DA BAVIERA | Senhor Rei do Desapego 01-22-53
01-23-05
01-23-14
01-23-33
01-23-50
01-24-04
01-25-31
Bernardo Soares
Cena 35
Cena 36
Cena 37
Luís Segundo da Baviera
Providência
coro
escritório
floresta
ópera
->Zenith
75Sim, é o poente Bernardo Soares
Cena 38
Cena 39
beira-rio
céu
poente
->Zenith
76Não fizeram, Senhor, as vossas naus 01-27-11
Bernardo Soares
Cena 40
Lula Pena
beira-rio
canção
->Zenith
77EDUCAÇÃO SENTIMENTAL 01-30-48
01-31-20
01-32-37
01-34-10
01-36-20
01-38-20
01-38-27
Bernardo Soares
Cena 41
Cena 42
Cena 43
arte
bordel
caderno
dor
educadora sentimental
escrita
livro
noite
poemas
prazer
prosa
quarto
sonho
stripper
vida
->Zenith
78SINFONIA DA NOITE INQUIETA Bernardo Soares
Cena 44
Cena 45
escrita
lixeira
noite
quarto
rua
secretária
velho
->Zenith
79Durei horas incógnitas Bernardo Soares
Cena 46
beira-mar
desassossego
ondas do mar
->Zenith
80A ideia de viajar nauseia-me Bernardo Soares
Cena 47
comboio
viagem
->Zenith
81Devaneio entre Cascais e Lisboa Bernardo Soares
Cais do Sodré
Cena 47
comboio
viagem
->Zenith
82Ó noite onde as estrelas mentem luz Bernardo Soares
Cena 48
noite
quarto
->Zenith
83Primeiro é um som que faz um outro som Bernardo Soares
Cena 48
noite
quarto
sono
->Zenith
84NA FLORESTA DO ALHEAMENTO Bernardo Soares
Cena 50
floresta
sonho
->Zenith
85Sossego enfim Bernardo Soares
Cena 51
espelho
janela
noite
parede
quarto
sossego
->Zenith
86A vida é uma viagem experimental 01-50-03
Bernardo Soares
Cena 52
bailarina
bailarino
dança
salão de baile
->Zenith
87Entrei no barbeiro no modo do costume Bernardo Soares
Cena 53
Cena 54
Texto Adicional 14
barbeiro
morte
ruas
->Zenith
88MANEIRA DE BEM SONHAR NOS METAFÍSICOS Bernardo Soares
Cena 55
cama
criação
quarto
sonho
->Zenith