A Coroada de Rosas


Um tedio todo em solavancos,

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Dia de verão absoluto sobre as telhas
                        da cidade,
O ceu é mais azul que as nuvens
                    quase ou tão brancas

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Desceu do horizonte o sol

No céu já não ha ocio... Ha ouro.
Pobres aureolas as do tedio com que
                      me douro
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Pamphleto sobre a Carbonaria.
[ileg.] — Defeza.
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No "Seculo" de 25/7/1913 defeza dos
S. Thomé men.
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A Coroada de Rosas:

Como as estatuas, sem
fissura de sexo. Os
seios são belleza, mas a
caverna inferior é
só porcaria. (Por a terem as
mulheres são o sexo sujo)
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O ceu azul, o ceu azul, as nuvens
                          brancas
Ah a [ileg.] de [ileg.] de ser
                          homem.
Revoluções[ileg.]
[ileg.], irracionalidades, proesas,
Cuidados pela patria ou por uma
                      mãe maior
Anceios pela Europa como por uma
                      patria


                    25-VII-1913
Perder tudo isso e só nos ficar

Só — só — em toda a consciencia —
                      em toda —
O azul do ceu, e a brancura
das nuvens, e o frescôr
                  do ar.

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                    ...ha tamancos
De todos os géneros de poder pensar em
                      ter aspirações...


Identificação: bn-acpc-e-e3-57-1-52_0093_41_t24-C-R0150 | bn-acpc-e-e3-57-1-52_0094_41v_t24-C-R0150
Heterónimo: Não atribuído
Formato: Folha (29.5cm X 11.2cm)
Material: Papel
Colunas: 1
LdoD Mark: Sem marca LdoD
Manuscrito (pen) : Testemunho manuscrito a tinta preta.
Data: 25-07-1913 (high)
Nota: , Texto escrito em recto e verso de meia folha de um impresso de 'Proposta para Hypotheca'. O Anexo 5 ao Frag. 495 na edição de Pizarro está relacionado com as 'Obras de Jean Seul de Méluret', segundo indica o editor nas notas (2010: 983).
Fac-símiles: BNP/E3, 57-41.1 , BNP/E3, 57-41.2