Carta a um genio futuro


    Carta a um genio futuro.

A celebridade é uma indeli-
cadeza. Dar nas vistas é ser des-
prezivel. O homem realmente su-
perior existe todo na consciencia
da sua superioridade, [sem que
precise de comprar taboleta] [, sem
attenção á superioridade que os
outros possam vêr n'elle] (ou a superioridade
que possam julgar que lhe falta).
            ─────

uma renuncia casada com o silencio,
feita sem gestos, na intimidade da
alma.

... convivas serenos da inutilidade
das cousas...
            ─────

Para que queres tu que te in-
flijam o prazer da gloria?
            ─────



  ───────────────
Adonis já morreu, morreu Adonis
Morreu Adonis, e as nymphas choram...
Toda a tristeza puz a mão na terra
Morreu Adonis, e eis chorando as nymphas...
            ─────

            ─────

            ─────


A noite cala... As arvores são velhas negras
Toda a floresta não [ileg.] arvores.
      E ha frio no som vago
      Dos ramos agitados...
O terror dorme sem socego agora
No tanque absurdo e nas


Identificação: bn-acpc-e-e3-94-1-100_0171_86_t24-C-R0150 | bn-acpc-e-e3-94-1-100_0172_86v_t24-C-R0150 | bn-acpc-e-e3-94-1-100_0173_86av_t24-C-R0150
Heterónimo: Não atribuído
Formato: Folha (27.4cm X 21.3cm)
Material: Papel
Colunas: 1
LdoD Mark: Sem marca LdoD
Manuscrito (pen) : Testemunho manuscrito a tinta preta.
Nota: , Texto escrito em recto e verso de um bifólio de papel pautado.
Fac-símiles: BNP/E3, 94-86.1 , BNP/E3, 94-86.2 , BNP/E3, 94-86.3