Carta a um genio futuro


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— Passa entre filas de cyprestes a
minha dôr antiga como as praias.
Não sei que paysagem de ruinas
herdou a minha consciencia da de
minha visão ver, do seu convivio com
a significação das aguas. Sempre
ha-de haver, sobre
rochas, o arremesso attonito do
mar. Mas nós não ousaremos outros
lyrios senão a melancolia da vida.
Elles eram os reis. As madeiras eram
os escravos. Tocaram na madrugada
os clarins largos. Fluiram, sob os
salgueiros as ondas           dos
rios. Tudo teve o sentido das margens — as salas como os oasis;
Teu nome escripto em pa-
limpsestos, a minha saudade timi-
da por dahlias, e melhores terraços, além,
sobre mares do sul de paizes.

Symphonia ouvida em sonhos todas estas palavras, e as
algas. Tudo isto foi posto em jarras e gozaram-o olhos
admirados.


Identificação: bn-acpc-e-e3-94-1-100_0174_86a_t24-C-R0150
Heterónimo: Não atribuído
Formato: Folha (18.4cm X 11.3cm, 18.4cm X 11.3cm)
Material: Papel
Colunas: 1
LdoD Mark: Sem marca LdoD
Manuscrito (pen) : Testemunho manuscrito a tinta preta.
Nota: , Texto escrito em recto de um bifólio de papel pautado.
Fac-símiles: BNP/E3, 94-86.1