amôr paysagem horas
|
Manuel Portela (mp)
|
Mallet
|
... no desalinho triste das minhas emoções
A loucura chamada afirmar
A minha vida é tão triste
ANEXO 2 | 495
ANEXO | 32
De suave e aerea a hora era uma ara onde orar
Do terraço d'este café
Fallo abysmos
Foi sempre com desgosto que li
Glorificação das Estereis
Horas pallios submersos
L. do D. | Introducção
Lenda Imperial
Livro do Desasocego
Livro do Desassocego | 13 Trechos
Metaphysica do Epitheto
NA FLORESTA DO ALHEAMENTO
Nas antemanhãs longinquas
Não acredito na paysagem
Não me encontro um sentido...
Parecerá a muitos que este meu diario
Pasmo sempre quando acabo qualquer coisa
Pensaste já, ó /Outra/
Peristylo
Por facil que seja
Quanto mais contemplo o spectaculo do mundo
Reconheço hoje que falhei
Se a nossa vida fosse
Trazei vós o pallio de ouro
Tu não existes
Tu és do sexo das fórmas sonhadas
Via lactea
Viagem nunca feita
Viver a vida em sonho
Viver do sonho e para o sonho
|
animaes deus plano
|
António Rito Silva (ars-google)
Manuel Portela (mp)
|
Mallet
testeR
|
"De que diabo está você a rir"
A persistencia instinctiva da vida
A sociedade em que eu vivo
ANEXO | 233
Aparte aquelles sonhos vulgares
Aquella divina e illustre timidez
Aquella malicia incerta
Chóro sobre as minhas paginas
Doem-me a cabeça e o universo
Intervallo Doloroso
Invejo — mas não sei se invejo —
Lêr é sonhar pela mão de outrem
Mais que uma vez, ao passear
Nasci em um tempo
Não me indigno, porque a indignação
O Amante Visual
O homem vulgar, por mais dura
O patrão Vasques
Todo o pensamento
Viver do sonho e para o sonho
|
arte obra prazer
|
Manuel Portela (mp)
|
Mallet
|
... este livro suave
A arte consiste em fazer
A arte livra-nos illusoriamente
A arte é um esquivar-se a agir
ANEXO | 32
Adoramos a perfeição
As phrases que nunca escreverei
Atrio só atrio de todas as esperanças
Bernardo Soares
Chóro sobre as minhas paginas
Educação sentimental (?)
Em baixo, afastando-se do alto
Estatuas ☐, alheias
Esthetica do Artificio
Esthetica do Desalento
Fazer uma obra e reconhece-la má
Invejo a todas as pessoas
Invejo — mas não sei se invejo —
Junta as mãos
Nenhum premio certo
O povo é bom rapaz
O prazer de nos elogiarmos
Pasmo sempre quando acabo qualquer coisa
Penso se tudo na vida
Releio lucido, demoradamente
Se eu tivesse escripto o Rei Lear
Se houvesse na arte o mistér
Semanas
Subdito incoherente de todas
Theorias metaphysicas
Todo o dia, em toda a sua desolação
Tu não existes
Uma pedra é mais interessante
exprimir ao microscopio...
É legitima toda a violação da lei moral
|
caeiro personalidade livros
|
Manuel Portela (mp)
|
Mallet
|
"ASPECTOS"
ANEXO | 120
ASPECTOS
Aspectos
Bernardo Soares
Bibliotheca da Europa
Considerar todas as coisas
Dividiu Aristoteles a poesia
Do "Livro do Desasocego
Edições da COSMOPOLIS
Escrever é esquecer
Ficções do Interludio
Ficções do interludio
Foi sempre com desgosto que li
Na casa de saude de Cascaes
Neo-paganismo (/Neo-naturalismo/)
Nota para as edições proprias
Prefacio | Conquistei, palmo a pequeno palmo
Prefacio ás Ficcões do Interludio
[Maneira de Bem Sonhar nos Metaphysicos]
|
campo cadeira fui
|
Manuel Portela (mp)
|
Mallet
|
... e um profundo e tediento desdem
A leitura dos jornaes
A personagem individual
A vida é para nós o que concebemos
Absurdo
As phrases que nunca escreverei
Cada vez que o meu proposito
Depois dos dias todos de chuva
Depois que as ultimas chuvas
Disse Amiel que uma paisagem
Entrei no barbeiro no modo
Ergo-me da cadeira com um exforço
Espaçado, o pestanejar branco escuro
Na minha alma ignobil e profunda registro
Na perfeição nítida do dia
Não creio alto na felicidade
Não tendo que fazer
Remoinhos, redemoinhos
Uma das minhas preoccupações
|
conversa amigo carta
|
Manuel Portela (mp)
|
Mallet
|
(copia duma carta para Pretoria)
A alma humana é victima
ANEXO | 36
ANEXO | 499
Carta
Carta para não mandar
E assim sou, futil e sensivel
Esthetica da Indifferença
Maximas
Muitas vezes para me entreter
O enthusiasmo é uma grosseria
O governo do mundo começa em nós mesmos
O meu hábito vital de descrença
Perder tempo comporta uma esthetica
Prefacio | Ele mobilára
Sens[ações] nascem analysadas
Sentir é uma maçada
Toda a vida da alma humana
Tudo quanto de desagradavel
Uma carta
Uma opinão é uma grosseria
Ás vezes, nos meus dialogos
|
corpo possuir morte
|
Manuel Portela (mp)
|
Mallet
|
A arte livra-nos illusoriamente
A maioria dos homens vive
ANEXO | 164
ANEXO | 525
Cada dia /da minha vida/
Carefully see whether
Cenotaphio
Chapter on Indifference
De resto eu não sonho
Esse logar activo de sensações
Eu não sonho possuir-te
Fallar é ter demasiada consideração
Horas pallios submersos
Lagôa da Posse
Maneira de bem sonhar
Necrologias de reis
Não fizeram, Senhor
Nós não podemos amar
O homem, bobo da sua aspiração
Pertenço a uma geração que herdou
Quantas vezes, no decurso dos mundos
Repudiei sempre
Sonho triangular
Um dia
|
creança figuras foi
|
Manuel Portela (mp)
|
Mallet
|
A experiencia directa é o subterfugio
A reductio ad absurdum
ANEXO 2 | 106
ANEXO | 168
ANEXO | 200
Cascata
Deus creou-me para creança
E os dialogos nos jardins fantasticos
Ecloga de Pedro
Intervallo
Na minha alma ignobil e profunda registro
Naufragios? Não, nunca tive nenhum
Não sei o que é o tempo
O prazer de nos elogiarmos
O verdadeiro sabio
Para sentir a delicia e o terror
Paysagens inuteis
Quando creança eu apanhava
Symphonia da noite inquieta
Todos aquelles acasos infelizes
Trecho.
Uma interpretação ironica da vida
Vejo as paisagens sonhadas
Viagem nunca feita
Viver é ser outro.
e os lirios nas margens
esse episodio da imaginação
exprimir ao microscopio...
tudo é uma doença incuravel
Ás vezes, nos meus dialogos
|
deante escripta estupida
|
Manuel Portela (mp)
|
Mallet
|
"De que diabo está você a rir"
..., barcos que passam na noite
A Viagem na Cabeça
Duas idéas para o L. do Des.
E assim sou, futil e sensivel
E, hoje, pensando
Fallo abysmos
Foi-se hoje embora
Ha dias em que cada pessoa
Ha socegos do campo na cidade
Nada me pesa tanto no desgosto
Não são as paredes reles
Pensaste já, ó /Outra/
Penso, muitas vezes
Prefacio
Quando outra virtude não haja
Saber que será má a obra
Se considero com attenção a vida
Supponho que seja o que chamam
Tenho a nausea physica
Tenho deante de mim
Tudo é absurdo
Uma pedra é mais interessante
Uma secção intitulada: Paciencias
Ás vezes, quando ergo a cabeça
Ás vezes, sem que o espere
|
era tinha eram
|
Manuel Portela (mp)
|
Mallet
|
A noite invadia lentamente
ANEXO | 145
ANEXO | 542
Accordei hoje muito cedo
Cantava, em uma voz muito suave
Como ha quem trabalhe
Dar a cada emoção uma personalidade
Depois que o calor cessou
Depois que o fim dos astros esbranqueceu
Depois que os ultimos pingos
Eu nunca fiz senão sonhar
Ha quanto tempo não escrevo!
Nevoa ou fumo?
Nunca durmo: vivo e sonho
Não me lembro da minha mãe
O desgosto de não encontrar nada
O homem não deve poder ver
O moço atava os embrulhos
O unico viajante com verdadeira alma
O vento levantou-se...
Paisagem de chuva
Passei entre elles extrangeiro
Pref. | O meu conhecimento
Prefacio
Prosa de Ferias
Qualquer deslocamento das horas
Quando creança eu apanhava
Quando, como uma noite
Quantas coisas
Reconheço hoje que falhei
Sempre que podem
Sonho triangular
Tenho a nausea physica
Tenho sido sempre um sonhador
Trovoada
Tudo alli é quebrado
Tudo quanto não é a minha alma
Viagem nunca feita
e as algas como molhados cabellos
e desnivela-se em conglomerados
É a ultima morte do Capitão Nemo
|
homem prosa soares
|
Manuel Portela (mp)
|
Mallet
|
Assim como, quer o saibamos
Bernardo Soares
Colaborar, ligar-se, agir com outros
Cultivo o ódio á acção
Disse Amiel que uma paisagem
Do "Livro do Desasocego
Ficções do Interludio
Gósto de dizer
Ha accidentes no meu distinguir
Muitos têm definido o homem
Na perfeição nítida do dia
Nada me pesa tanto no desgosto
Nota para as edições proprias
O cansaço de todas as illusões
O homem perfeito do pagão
Prefiro a prosa ao verso
Quando vivemos
Sim, é o poente
Tenho deante de mim
|
leio estylo sigo
|
Manuel Portela (mp)
|
Mallet
|
A ideia de viajar nauseia-me
A idéa de viajar seduz-me
A metaphysica pareceu-me
A persistencia instinctiva da vida
ANEXO 2 | 530
Detesto a leitura
E assim sou, futil e sensivel
Escrever é esquecer
Estou quasi convencido de que nunca
Gósto de dizer
Ha um somno da attenção
Meditei hoje, num intervallo
Nas vagas sombras de luz por findar
Não comprehendo senão como
Não conheço prazer como o dos livros
Não me encontro um sentido...
Não tendo que fazer
Outra vez encontrei um trecho meu
Por mais que pertença
Se alguma coisa ha
Tive sempre uma repugnancia
|
mesa cima baixo
|
Manuel Portela (mp)
|
Mallet
|
... E eu, entre a vida, que amo
A maioria da gente enferma
A vida, para a maioria dos homens
Cheguei hoje, de repente
Em qualquer espirito
Encolher de Hombros
Nunca amamos alguem
Não se subordinar a nada
O ambiente é a alma das coisas
O gladio de um relampago frouxo
Prosa de Ferias
Quando vim primeiro para Lisboa
Sonho triangular
Todo exforço, qualquer que seja
|
morte vida rei
|
Manuel Portela (mp)
|
Mallet
|
A historia nega as coisas certas
A inacção consola
A loucura chamada afirmar
A minha imagem
A organização do livro
ANEXO | 130
Cada dia /da minha vida/
Criei para mim
De suave e aerea a hora era uma ara onde orar
E para ti, ó Morte
Entre a vida theorica
L. do D. | Introducção
Lagôa da Posse
Litania
Luiz II
Mais "pensamentos"
Marcha funebre
No que somos e no que queremos
Não-desembarcar não tem caes
O Rio da Posse
O campo é onde não estamos
O mundo, monturo de forças
O poente está espalhado
Quanto mais contemplo o spectaculo do mundo
Que rainha imprecisa
Reso a ti o meu amor
Sabendo como as cousas
Se considero com attenção a vida
Sinto-me às vezes tocado
Tenho sido sempre um sonhador
Trazei vós o pallio de ouro
Viver a vida em sonho
lunar scene
|
mulher sexo mãe
|
Manuel Portela (mp)
|
Mallet
|
/Diario ao acaso/
A minha vida é tão triste
ANEXO 1 | 10
ANEXO 2 | 495
Anteros
E para ti, ó Morte
Eu não sonho possuir-te
Final
Glorificação das Estereis
Intervallo Doloroso
Maneira de bem sonhar
Maneira de bem sonhar
Minhas queridas discipulas
Nossa Senhora do Silencio
Nossa Senhora do Silencio
Se alguma coisa ha
Splendor do nada
Todos os movimentos
Tu não existes
Tu és do sexo das fórmas sonhadas
Uma carta
Ó noite onde as estrellas
|
nevoa leve frio
|
Manuel Portela (mp)
|
Mallet
|
... E eu, entre a vida, que amo
... como uma creança
A leve embriaguez da febre ligeira
ANEXO | 38
ANEXO | 413
Como nas horas em que a trovoada
Como uma esperança negra
De suave e aerea a hora era uma ara onde orar
Depois que as ultimas chuvas
Depois que os ultimos calores
Desde antes de manhã cedo
E por fim — vejo-o por memoria —
Estou num dia em que me pesa
Ha sensações que são somnos
Horas pallios submersos
Intervallo Doloroso
Intervallo doloroso
Minha alma é uma orchestra occulta
Nevoa ou fumo?
No nevoeiro leve da manhã
O moço atava os embrulhos
Paysagem de chuva
Penso ás vezes, com um deleite triste
Symph. de uma noite inquieta
Trecho.
Trez dias seguidos de calor sem calma
Trovoada
a chuva cahia ainda triste
|
noite dia luz
|
Manuel Portela (mp)
|
Mallet
|
... a acuidade dolorosa
... como uma creança
... no desalinho triste das minhas emoções
... reles como os fins da vida
/Diario ao acaso/
A Viagem na Cabeça
A fé é o instincto da acção
A historia nega as coisas certas
A idéa de viajar seduz-me
A literatura, que é a arte casada
A loucura chamada afirmar
A miseria da minha condição
A noite invadia lentamente
A opportunidade é como o dinheiro
A sensação da convalescença
A vida é para nós o que concebemos
A vida é uma viagem experimental
ANEXO 1 | 483
ANEXO 2 | 495
ANEXO 2 | 530
ANEXO | 130
ANEXO | 145
ANEXO | 160
ANEXO | 161
ANEXO | 215
ANEXO | 38
ANEXO | 413
ANEXO | 499
ANEXO | 542
ANEXO | 82
Accordei hoje muito cedo
Adoramos a perfeição
Agir é intervir
Alastra ante meus olhos saudosos
Antes que o estio cesse
As carroças da rua sonsonam
Atraz dos primeiros menos-calores
Atrio só atrio de todas as esperanças
Attingir, no stado mystico
Cada vez que o meu proposito
Caminhavamos, juntos e separados
Cantava, em uma voz muito suave
Carta
Cascata
Cheguei hoje, de repente
Como ha quem trabalhe
Como nas horas em que a trovoada
Como uma esperança negra
Conheço, translata, a sensação
Criei para mim
Dar a cada emoção uma personalidade
De repente, como se um destino
De suave e aerea a hora era uma ara onde orar
Depois de uma noite mal dormida
Depois dos dias todos de chuva
Depois que as ultimas chuvas
Depois que as ultimas chuvas
Depois que o calor cessou
Depois que o fim dos astros esbranqueceu
Depois que os ultimos calores
Depois que os ultimos pingos
Desde antes de manhã cedo
Desde que possamos
Desde que, conforme posso
Deus creou-me para creança
Dia de chuva
Disse Amiel que uma paisagem
Do terraço d'este café
Doem-me a cabeça e o universo
Dominámos outrora o mar physico
Durei horas incognitas
E para ti, ó Morte
E por fim — vejo-o por memoria —
E, hoje, pensando
Ecloga de Pedro
Em baixo, afastando-se do alto
Encolher de Hombros
Enrolar o mundo á roda
Entrei no barbeiro no modo
Escrevo com uma extranha magua
Espaçado, o pestanejar branco escuro
Esse logar activo de sensações
Estou num dia em que me pesa
Eu nunca fiz senão sonhar
Fallo abysmos
Final
Floresce alto na solidão nocturna
Floresta
Fluido, o abandono do dia finda
Gostaria de estar no campo
Ha maguas intimas
Ha momentos em que tudo cansa
Ha muito tempo que não escrevo
Ha muito — não sei se ha dias
Ha quanto tempo não escrevo!
Ha sensações que são somnos
Ha socegos do campo na cidade
Ha um grande cansaço na alma
Intervallo
Intervallo
Intervallo Doloroso
Intervallo Doloroso
Intervallo doloroso
Invejo a todas as pessoas
Já me cansa a rua
L. do D. | Introducção
Lenda Imperial
Lento, no luar lá fóra da noite lenta
Litania
Livro do Desassocego | 13 Trechos
Luares
Marcha funebre
Minha alma é uma orchestra occulta
N'esta era metallica dos barbaros
NA FLORESTA DO ALHEAMENTO
Na grande claridade do dia
Na minha alma ignobil e profunda registro
Na perfeição nítida do dia
Nas antemanhãs longinquas
Nas vagas sombras de luz por findar
Nasci em um tempo
Necrologias de reis
Nem se sabe se o que acaba do dia
Nevoa ou fumo?
Ninguem ainda definiu
Ninguem comprehende outro
No alto ermo dos montes naturaes
No nevoeiro leve da manhã
No reconcavo da praia á beira-mar
Nos primeiros dias do outomno
Nossa Senhora do Silencio
Nossa Senhora do Silencio
Nota (ou L. do D.) | Regra é da vida que podemos
Nunca durmo: vivo e sonho
Nuvens... Hoje tenho consciência
Não creio alto na felicidade
Não fizeram, Senhor
Não me encontro um sentido...
Não sei porquê
Não sei que vaga caricia
Não tendo que fazer
Não é nos largos campos
Não-desembarcar não tem caes
O ambiente é a alma das coisas
O calor, como uma roupa
O campo é onde não estamos
O cansaço de todas as illusões
O ceu negro ao fundo do sul do Tejo
O céu de estio prolongado
O gladio de um relampago frouxo
O instinto infante da humanidade
O moço atava os embrulhos
O mundo, monturo de forças
O olfacto é uma vista estranha
O poente está espalhado
O que ha de mais reles nos sonhos
O relogio que está lá para traz
O silencio que sahe do som da chuva
O vento levantou-se...
Onde está Deus
Os classificadores de coisas
Os sentimentos que mais doem
Ouro de mim
Paira-me à superficie do cansaço
Paisagem de chuva
Parecerá a muitos que este meu diario
Pasmo sempre quando acabo qualquer coisa
Passaram mezes sobre o ultimo
Passavamos, jovens ainda
Passei entre elles extrangeiro
Paysagem de chuva
Paysagens inuteis
Penso ás vezes, com um deleite triste
Peristylo
Poder reincarnar numa pedra
Por entre a casaria
Por facil que seja
Por mais que pertença
Prefacio | Conquistei, palmo a pequeno palmo
Primeiro é um som que faz um outro som
Prosa de Ferias
Prouvéra aos deuses
Qualquer deslocamento das horas
Quando durmo muitos sonhos
Quando o estio entra entristeço
Quando outra virtude não haja
Quando vim primeiro para Lisboa
Quantas vezes, presa da superficie
Quanto mais alta a sensibilidade
Que rainha imprecisa
Quem quizesse fazer um catalogo
Quem tenha lido as paginas
Reconhecer a realidade
Reconheço hoje que falhei
Releio passivamente, recebendo
Releio, em uma d'essas somnolencias
Remoinhos, redemoinhos
Sabendo como as cousas
Se a nossa vida fosse
Se considero com attenção a vida
Sempre me tem preoccupado
Sentimento Apocalyptico
Ser major reformado
Sim, é o poente
Sinto o tempo com uma dôr enorme
Sinto-me às vezes tocado
Socégo emfim
Sonho triangular
Sonho triangular
Sou d'aquellas almas
Sou mais velho que o Tempo
Splendor do nada
Storm
Surge dos lados do oriente
Symph. de uma noite inquieta
Symphonia da noite inquieta
Tenho assistido, incognito
Tenho mais pena dos que sonham o provavel
Tenho sido sempre um sonhador
Toda a vida da alma humana
Todo o pensamento
Todos aquelles acasos infelizes
Todos os dias acontecem no mundo
Trazei vós o pallio de ouro
Trecho.
Trez dias seguidos de calor sem calma
Trovoada
Tudo se me tornou insupportavel
Tudo é absurdo
Um dia
Um outro tedio
Uma secção intitulada: Paciencias
Via lactea
Viagem nunca feita
Viver uma vida desapaixonada
Viver é ser outro.
Vivo sempre no presente
a chuva cahia ainda triste
a tristeza solemne que habita
e as algas como molhados cabellos
e desnivela-se em conglomerados
e os lirios nas margens
esse episodio da imaginação
lunar scene
À minha incapacidade de viver
Às vezes, em sonhos distraídos
É nobre ser timido
É uma oleographia sem remedio
Ó noite onde as estrellas
|
outomno folhas floresta
|
Manuel Portela (mp)
|
Mallet
|
A sensação da convalescença
Atraz dos primeiros menos-calores
Atrio só atrio de todas as esperanças
Caminhavamos, juntos e separados
Depois que os ultimos calores
Durei horas incognitas
Floresta
Intervallo Doloroso
NA FLORESTA DO ALHEAMENTO
Nas antemanhãs longinquas
O céu de estio prolongado
Ouro de mim
Passavamos, jovens ainda
Prosa de Ferias
Quem quizesse fazer um catalogo
Socégo emfim
Symphonia da noite inquieta
|
rua chuva gente
|
Manuel Portela (mp)
|
Mallet
|
... reles como os fins da vida
A unica maneira de teres
ANEXO 1 | 483
ANEXO | 200
ANEXO | 291
ANEXO | 413
As carroças da rua sonsonam
Cantava, em uma voz muito suave
Como uma esperança negra
Depois de uma noite mal dormida
Depois que as ultimas chuvas
Depois que o calor cessou
Depois que os ultimos pingos
Ha dias em que cada pessoa
Ha maguas intimas
Ha momentos em que tudo cansa
Ha sensações que são somnos
Metaphysica do Epitheto
Não sei porquê
Não sei quantos terão contemplado
O isolamento talhou-me
O olfacto é uma vista estranha
O silencio que sahe do som da chuva
Paisagem de chuva
Passaram mezes sobre o ultimo
Quando durmo muitos sonhos
Quanto mais alta a sensibilidade
Releio, em uma d'essas somnolencias
Remoinhos, redemoinhos
Sentir é uma maçada
Storm
Tenho mais pena dos que sonham o provavel
Tudo se me tornou insupportavel
É uma oleographia sem remedio
|
rua escriptorio douradores
|
Manuel Portela (mp)
|
Mallet
|
"De que diabo está você a rir"
A Viagem na Cabeça
A miseria da minha condição
A personagem individual
A tragedia principal
A vida é para nós o que concebemos
A vulgaridade é um lar
Ah, é um erro doloroso
Cada vez que o meu proposito
Como uma esperança negra
Descobri que penso sempre
Encaro serenamente
Entrei no barbeiro no modo
Estou num dia em que me pesa
Foi-se hoje embora
Ha momentos em que tudo cansa
Hoje como me oprimisse a sensação
Já me cansa a rua
Nos primeiros dias do outomno
Não são as paredes reles
O gladio de um relampago frouxo
O patrão Vasques
O proprio escrever perdeu
O que ha de mais reles nos sonhos
O socio capitalista aqui da firma
Os classificadores de coisas
Ouviu-me ler os meus versos
Pedi tam pouco á vida
Penso ás vezes que nunca sahirei
Penso, muitas vezes
Prefacio
Qualquer deslocamento das horas
Quando outra virtude não haja
Quanto mais alto o homem
Quem tenha lido as paginas
Sempre que podem
Storm
Tenho deante de mim
Tenho mais pena dos que sonham o provavel
Tudo alli é quebrado
Uma secção intitulada: Paciencias
Uma só coise me maravilha mais
a chuva cahia ainda triste
e do alto da majestade
|
sensações verdade sensação
|
Manuel Portela (mp)
|
Mallet
|
A Divina Inveja
A metaphysica pareceu-me
A noite invadia lentamente
A procura da verdade
A vida practica sempre me pareceu
Agir é intervir
Aspectos
Chóro sobre as minhas paginas
Desde que, conforme posso
Devaneio entre Cascaes e Lisboa
Do estudo da metaphysica
Mesmo que eu quizesse crear
Millimetros
N'esta era metallica dos barbaros
Não crendo em nada com firmeza
Não se subordinar a nada
O Sensacionista
O lemma que hoje mais requeiro
Os sentimentos que mais doem
Penso ás vezes com um agrado
Prefacio
Prouvéra aos deuses
Quanto mais contemplo o spectaculo do mundo
Semanas
Supponho que seja o que chamam
Toda a metaphysica é a procura
Via lactea
Ás vezes, nos meus dialogos
Ás vezes, sem que o espere
|
sensibilidade factos amado
|
Manuel Portela (mp)
|
Mallet
|
...Que tragédia não acreditar
A leve embriaguez da febre ligeira
A liberdade é a possibilidade
A maioria dos homens vive
A procura da verdade
A vida practica sempre me pareceu
ANEXO 1 | 338
ANEXO | 120
ANEXO | 161
Diario Lucido
Dois, trez dias de semelhança
Duas vezes, naquella
Em todos os logares da vida
Escravo do temperamento
Ethica do Desalento
Mas a exclusão, que me impuz
Na grande claridade do dia
Nem ha maior cansaço
Nenhum premio certo
O dinheiro é bello
O meu hábito vital de descrença
O mundo é de quem não sente
O que, creio, produz em mim
O verdadeiro sabio
Quantas vezes, presa da superficie
Que rainha imprecisa
Ser major reformado
Sinto o tempo com uma dôr enorme
Só uma vez fui verdadeiramente
Tenho por intuição
Tenho que escolher
|
sociedade inercia moral
|
Manuel Portela (mp)
|
Mallet
|
... O pasmo que me causa
... como uma creança
... o sagrado instincto de não
A arte livra-nos illusoriamente
A ruina da influencia aristocratica
ANEXO 1 | 61
ANEXO | 160
Agir é intervir
As cousas /modernas/ são
Declaração de Differença
Desejaria construir um codigo
Duas idéas para o L. do Des.
Entre a vida theorica
Esthetica da abdicação
Ethica do Desalento
Litania
Mais "pensamentos"
Nenhum problema tem solução
O desgosto de não encontrar nada
O dinheiro, as /creanças/
O proprio escrever perdeu
O proprio sonho me castiga
Penso ás vezes que nunca sahirei
Perder tempo comporta uma esthetica
Pertenço a uma geração que herdou
Prefacio
Quando nasceu a geração
Quando, como uma noite
RReis — A doença do Ch[ristianis]mo
Sou d'aquellas almas
Tendo visto com que lucidez
Theorias metaphysicas
Todo o homem de hoje
É legitima toda a violação da lei moral
|
sonho cousas sonhos
|
Manuel Portela (mp)
|
Mallet
|
"ASPECTOS"
(copia duma carta para Pretoria)
... e um profundo e tediento desdem
... no desalinho triste das minhas emoções
/Diario ao acaso/
A Divina Inveja
A alma humana é victima
A doçura de não ter familia
A fé é o instincto da acção
A habilidade em construir sonhos
A inacção consola
A leve embriaguez da febre ligeira
A mais vil de todas as necessidades
A minha vida é tão triste
A noite invadia lentamente
A personagem individual
A sociedade em que eu vivo
A tragedia principal
A vida practica sempre me pareceu
ANEXO 1 | 10
ANEXO 1 | 11
ANEXO 1 | 61
ANEXO 2 | 106
ANEXO | 120
ANEXO | 168
ANEXO | 36
ANEXO | 542
ANEXO | 82
ASPECTOS
Absurdo
Apotheose do Absurdo
Aquella divina e illustre timidez
Aquella malicia incerta
Assim organizar a nossa vida
Atrio só atrio de todas as esperanças
Cada vez que viajo
Carefully see whether
Carta
Carta
Cascata
Chapter on Indifference
Colaborar, ligar-se, agir com outros
Conheço, translata, a sensação
Conselhos ás mal-casadas
Crear dentro de mim um estado
Criei para mim
Cultivo o ódio á acção
De resto eu não sonho
Declaração de Differença
Desejaria construir um codigo
Diario Lucido
Do estudo da metaphysica
Do terraço d'este café
Dois, trez dias de semelhança
Duas idéas para o L. do Des.
E assim como sonho
Ecloga de Pedro
Educação sentimental (?)
Enrolar o mundo á roda
Esse logar activo de sensações
Esthetica da Indifferença
Esthetica do Artificio
Esthetica do Desalento
Estou quasi convencido de que nunca
Eu nunca fiz senão sonhar
Eu não sonho possuir-te
Fallo abysmos
Final
Glorificação das Estereis
Gostaria de estar no campo
Ha creaturas que soffrem realmente
Intervallo
Intervallo
Intervallo Doloroso
Intervallo Doloroso
Intervallo Doloroso
Intervallo Doloroso
Intervallo doloroso
Junta as mãos
Lagôa da Posse
Lenda Imperial
Lêr é sonhar pela mão de outrem
Maneira de bem sonhar
Maneira de bem sonhar
Maneira de bem sonhar
Mas a exclusão, que me impuz
Maximas
Mesmo que eu quizesse crear
Millimetros
Minha alma é uma orchestra occulta
Muitas vezes para me entreter
Naufragios? Não, nunca tive nenhum
Nossa Senhora do Silencio
Nossa Senhora do Silencio
Nunca amamos alguem
Não me indigno, porque a indignação
Não sei que vaga caricia
Não-desembarcar não tem caes
Nós não podemos amar
O Amante Visual
O Rio da Posse
O Sensacionista
O cansaço de todas as illusões
O dinheiro é bello
O homem não deve poder ver
O homem, bobo da sua aspiração
O instinto infante da humanidade
O isolamento talhou-me
O lemma que hoje mais requeiro
O meu hábito vital de descrença
O peso de sentir!
O prazer de nos elogiarmos
O proprio escrever perdeu
O proprio sonho me castiga
O que, creio, produz em mim
Onde está Deus
Para sentir a delicia e o terror
Parecerá a muitos que este meu diario
Paysagens inuteis
Penso ás vezes com um agrado
Perder tempo comporta uma esthetica
Pertenço a uma geração que herdou
Pref. | O meu conhecimento
Prefacio
Prefacio | Ele mobilára
Quando creança eu apanhava
Reconheço hoje que falhei
Se eu tivesse escripto o Rei Lear
Se houvesse na arte o mistér
Segunda parte | Em mim o que ha de primordial
Sens[ações] nascem analysadas
Sentimento Apocalyptico
Ser major reformado
Sinto o tempo com uma dôr enorme
Sonho triangular
Sou curioso de todos
Sou d'aquellas almas
Sou mais velho que o Tempo
São horas talvez de eu fazer
Tenho as opiniões
Tenho por intuição
Tenho que escolher
Toda a metaphysica é a procura
Tu és do sexo das fórmas sonhadas
Tudo quanto é acção
Uma carta
Uma interpretação ironica da vida
Uma secção intitulada: Paciencias
Vejo as paisagens sonhadas
Via lactea
Viagem nunca feita
Viver a vida em sonho
Viver do sonho e para o sonho
Vivo sempre no presente
[Maneira de Bem Sonhar nos Metaphysicos]
lunar scene
tudo é uma doença incuravel
À minha incapacidade de viver
Ás vezes, nos meus dialogos
É nobre ser timido
Ó noite onde as estrellas
|
superioridade superiores marido
|
Manuel Portela (mp)
|
Mallet
|
ANEXO 1 | 86
ANEXO | 145
Alguns teem na vida
As cousas /modernas/ são
Cansamo-nos de tudo
Conselhos ás mal-casadas
Declaração de Differença
Desejaria construir um codigo
Floresta
Minhas queridas discipulas
O lemma que hoje mais requeiro
O pensamento pode ter elevação
Sempre me tem preoccupado
Tive sempre uma repugnancia
Todo o dia, em toda a sua desolação
Tudo alli é quebrado
Uma vista breve de campo
e do alto da majestade
|
tedio céu dor
|
Manuel Portela (mp)
|
Mallet
|
... e um profundo e tediento desdem
... no desalinho triste das minhas emoções
A vida pode ser sentida
Acontece-me ás vezes
Adoramos a perfeição
Antes que o estio cesse
Attingir, no stado mystico
Bibliotheca da Europa
Considerar a nossa maior angustia
Desde que possamos
Dizem que o tedio
Ha um cansaço da intelligencia
Irrita-me a felicidade
Luiz II
Mas a exclusão, que me impuz
Na perfeição nítida do dia
Ninguem ainda definiu
Nuvens... Hoje tenho consciência
Não se subordinar a nada
O ceu negro ao fundo do sul do Tejo
O instinto infante da humanidade
O que tenho sobretudo é cansaço
O vento levantou-se...
Penso ás vezes que nunca sahirei
Reconhecer a realidade
Sabendo como as cousas
Sim, é o poente
Tam dado como sou ao tedio
Trez dias seguidos de calor sem calma
|
tenho sou sei
|
Manuel Portela (mp)
|
Mallet
|
... a acuidade dolorosa
A arte consiste em fazer
A minha imagem
A opportunidade é como o dinheiro
A quem, /embora/ em sonho
A vida é uma viagem experimental
ANEXO | 215
ANEXO | 499
ANEXO | 63
Alastra ante meus olhos saudosos
As cousas mais simples
As phrases que nunca escreverei
Assim como, quer o saibamos
Cada vez que viajo
Chóro sobre as minhas paginas
Como Diogenes a Alexandre
Como ha quem trabalhe
Criei para mim
De repente, como se um destino
Depois de uma noite mal dormida
Descobri que penso sempre
Detesto a leitura
Deus creou-me para creança
Devaneio entre Cascaes e Lisboa
Do estudo da metaphysica
Durei horas incognitas
E assim como sonho
E assim sou, futil e sensivel
Em mim todas as affeições
Em todos os logares da vida
Entrei no barbeiro no modo
Escravo do temperamento
Escrevo com uma extranha magua
Estou quasi convencido de que nunca
Eu nunca fiz senão sonhar
Fallo abysmos
Fazer uma obra e reconhece-la má
Ficções do Interludio
Fluido, o abandono do dia finda
Foi-se hoje embora
Gósto de dizer
Ha muito tempo que não escrevo
Ha muito — não sei se ha dias
Ha quanto tempo não escrevo!
Ha um grande cansaço na alma
Invejo — mas não sei se invejo —
Livro do Desassocego | 13 Trechos
Na minha alma ignobil e profunda registro
Nada pesa tanto como o affecto alheio
Nas antemanhãs longinquas
Nas vagas sombras de luz por findar
Ninguem comprehende outro
Nunca durmo: vivo e sonho
Nuvens... Hoje tenho consciência
Não me lembro da minha mãe
Não o amor, mas os arredores
Não sei o que é o tempo
O meu hábito vital de descrença
O olfacto é uma vista estranha
O proprio sonho me castiga
O relogio que está lá para traz
O silencio que sahe do som da chuva
O sonho é a peor das drogas
Onde está Deus
Outra vez encontrei um trecho meu
Ouviu-me ler os meus versos
Para comprehender, destrui-me
Parecerá a muitos que este meu diario
Passaram mezes sobre o ultimo
Penso se tudo na vida
Por entre a casaria
Quando creança eu apanhava
Quando vim primeiro para Lisboa
Quando vivemos
Quantas vezes, presa da superficie
Quanto mais alta a sensibilidade
Quanto mais contemplo o spectaculo do mundo
Releio lucido, demoradamente
Releio passivamente, recebendo
Releio, em uma d'essas somnolencias
Saber que será má a obra
Sinto o tempo com uma dôr enorme
Sonho triangular
Sou curioso de todos
Sou mais velho que o Tempo
Subdito incoherente de todas
Supponho que seja o que chamam
Só uma vez fui verdadeiramente
Tenho assistido, incognito
Tenho grandes estagnações
Tenho sido sempre um sonhador
Toda a vida da alma humana
Tudo se me evapora
Uma das grandes tragedias
Uma das minhas preoccupações
Viajar? Para viajar basta existir
Vivo sempre no presente
esse episodio da imaginação
|
the and not
|
Manuel Portela (mp)
|
Mallet
|
ANEXO 1 | 10
ANEXO 1 | 399
ANEXO 2 | 106
ANEXO 2 | 336
ANEXO 4 | 337
ANEXO | 63
Apotheose do Absurdo
Carefully see whether
Estatuas ☐, alheias
Não toquemos na vida
É a ultima morte do Capitão Nemo
É nobre ser timido
|
viajar viagens novas
|
Manuel Portela (mp)
|
Mallet
|
A historia nega as coisas certas
A literatura, que é a arte casada
A mais vil de todas as necessidades
Carta
Dominámos outrora o mar physico
Eu não sonho possuir-te
Fallar é ter demasiada consideração
Ha uma erudição do conhecimento
Lenda Imperial
Marcha funebre
No reconcavo da praia á beira-mar
O Christo é uma fórma da emoção
O homem, bobo da sua aspiração
O unico viajante com verdadeira alma
Reso a ti o meu amor
Saber ser supersticioso
Sentir é uma maçada
Symphonia da noite inquieta
Viajar? Para viajar basta existir
e do alto da majestade
À minha incapacidade de viver
Às vezes, em sonhos distraídos
|
vida ser alma
|
Manuel Portela (mp)
|
Mallet
|
"ASPECTOS"
"De que diabo está você a rir"
(copia duma carta para Pretoria)
... E eu, entre a vida, que amo
... O pasmo que me causa
... a acuidade dolorosa
... a hyperacuidade não sei
... e um profundo e tediento desdem
... este livro suave
... no desalinho triste das minhas emoções
... o sagrado instincto de não
... reles como os fins da vida
..., barcos que passam na noite
...Que tragédia não acreditar
/Diario ao acaso/
A Divina Inveja
A Viagem na Cabeça
A alma humana é victima
A arte consiste em fazer
A arte livra-nos illusoriamente
A arte é um esquivar-se a agir
A doçura de não ter familia
A experiencia directa é o subterfugio
A fé é o instincto da acção
A historia nega as coisas certas
A ideia de viajar nauseia-me
A idéa de viajar seduz-me
A inacção consola
A leitura dos jornaes
A leve embriaguez da febre ligeira
A liberdade é a possibilidade
A literatura, que é a arte casada
A loucura chamada afirmar
A maioria da gente enferma
A maioria dos homens vive
A mais vil de todas as necessidades
A metaphysica pareceu-me
A minha imagem
A minha vida é tão triste
A miseria da minha condição
A noite invadia lentamente
A opportunidade é como o dinheiro
A organização do livro
A persistencia instinctiva da vida
A personagem individual
A procura da verdade
A quem, /embora/ em sonho
A reductio ad absurdum
A ruina da influencia aristocratica
A sensação da convalescença
A sociedade em que eu vivo
A tragedia principal
A unica maneira de teres
A vida pode ser sentida
A vida practica sempre me pareceu
A vida é para nós o que concebemos
A vida é uma viagem experimental
A vida, para a maioria dos homens
A vulgaridade é um lar
ANEXO 1 | 10
ANEXO 1 | 11
ANEXO 1 | 338
ANEXO 1 | 399
ANEXO 1 | 483
ANEXO 1 | 61
ANEXO 1 | 86
ANEXO 2 | 106
ANEXO 2 | 530
ANEXO 4 | 337
ANEXO | 120
ANEXO | 145
ANEXO | 160
ANEXO | 161
ANEXO | 164
ANEXO | 168
ANEXO | 200
ANEXO | 215
ANEXO | 233
ANEXO | 291
ANEXO | 32
ANEXO | 36
ANEXO | 38
ANEXO | 499
ANEXO | 525
ANEXO | 63
ANEXO | 82
ASPECTOS
Absurdo
Accordei hoje muito cedo
Acontece-me ás vezes
Adoramos a perfeição
Agir é intervir
Ah, é um erro doloroso
Alguns teem na vida
Anteros
Antes que o estio cesse
Aparte aquelles sonhos vulgares
Aquella divina e illustre timidez
Aquella malicia incerta
As carroças da rua sonsonam
As cousas /modernas/ são
As cousas mais simples
As phrases que nunca escreverei
Aspectos
Assim como, quer o saibamos
Assim organizar a nossa vida
Atraz dos primeiros menos-calores
Attingir, no stado mystico
Cada dia /da minha vida/
Cada vez que o meu proposito
Cada vez que viajo
Caminhavamos, juntos e separados
Cansamo-nos de tudo
Cantava, em uma voz muito suave
Carefully see whether
Carta
Carta
Carta para não mandar
Cascata
Cenotaphio
Chapter on Indifference
Cheguei hoje, de repente
Cheguei áquelle ponto em que o tedio
Chóro sobre as minhas paginas
Colaborar, ligar-se, agir com outros
Como Diogenes a Alexandre
Como ha quem trabalhe
Conheço, translata, a sensação
Conselhos ás mal-casadas
Considerar a nossa maior angustia
Considerar todas as coisas
Crear dentro de mim um estado
Criei para mim
Dar a cada emoção uma personalidade
De repente, como se um destino
De resto eu não sonho
De suave e aerea a hora era uma ara onde orar
Declaração de Differença
Depois de uma noite mal dormida
Depois dos dias todos de chuva
Depois que as ultimas chuvas
Depois que as ultimas chuvas
Depois que o calor cessou
Depois que os ultimos calores
Depois que os ultimos pingos
Descobri que penso sempre
Desde antes de manhã cedo
Desde que possamos
Desde que, conforme posso
Desejaria construir um codigo
Detesto a leitura
Deus creou-me para creança
Devaneio entre Cascaes e Lisboa
Diario Lucido
Disse Amiel que uma paisagem
Dividiu Aristoteles a poesia
Dizem que o tedio
Do estudo da metaphysica
Do terraço d'este café
Doem-me a cabeça e o universo
Dois, trez dias de semelhança
Dominámos outrora o mar physico
Duas idéas para o L. do Des.
Duas vezes, naquella
Durei horas incognitas
E assim como sonho
E assim sou, futil e sensivel
E os dialogos nos jardins fantasticos
E para ti, ó Morte
E por fim — vejo-o por memoria —
E, hoje, pensando
Ecloga de Pedro
Educação sentimental (?)
Em baixo, afastando-se do alto
Em mim todas as affeições
Em qualquer espirito
Em todos os logares da vida
Encaro serenamente
Encolher de Hombros
Enrolar o mundo á roda
Entre a vida theorica
Entrei no barbeiro no modo
Ergo-me da cadeira com um exforço
Escravo do temperamento
Escrever é esquecer
Escrevo com uma extranha magua
Espaçado, o pestanejar branco escuro
Esse logar activo de sensações
Estatuas ☐, alheias
Esthetica da Indifferença
Esthetica da abdicação
Esthetica do Artificio
Esthetica do Desalento
Estou num dia em que me pesa
Estou quasi convencido de que nunca
Ethica do Desalento
Eu nunca fiz senão sonhar
Eu não sonho possuir-te
Fallar é ter demasiada consideração
Fazer uma obra e reconhece-la má
Ficções do Interludio
Ficções do Interludio
Ficções do interludio
Final
Floresce alto na solidão nocturna
Floresta
Foi sempre com desgosto que li
Foi-se hoje embora
Glorificação das Estereis
Gostaria de estar no campo
Gósto de dizer
Ha accidentes no meu distinguir
Ha creaturas que soffrem realmente
Ha dias em que cada pessoa
Ha maguas intimas
Ha momentos em que tudo cansa
Ha muito tempo que não escrevo
Ha muito — não sei se ha dias
Ha quanto tempo não escrevo!
Ha sensações que são somnos
Ha socegos do campo na cidade
Ha um cansaço da intelligencia
Ha um grande cansaço na alma
Ha um somno da attenção
Ha uma erudição do conhecimento
Haja ou não deuses
Hoje como me oprimisse a sensação
Intervallo
Intervallo
Intervallo Doloroso
Intervallo Doloroso
Intervallo Doloroso
Intervallo Doloroso
Intervallo doloroso
Invejo a todas as pessoas
Invejo — mas não sei se invejo —
Irrita-me a felicidade
Junta as mãos
Já me cansa a rua
Lagôa da Posse
Lenda Imperial
Litania
Luiz II
Lêr é sonhar pela mão de outrem
Mais "pensamentos"
Mais que uma vez, ao passear
Maneira de bem sonhar
Maneira de bem sonhar
Maneira de bem sonhar
Marcha funebre
Mas a exclusão, que me impuz
Maximas
Meditei hoje, num intervallo
Mesmo que eu quizesse crear
Millimetros
Minha alma é uma orchestra occulta
Minhas queridas discipulas
Muitas vezes para me entreter
Muitos têm definido o homem
N'esta era metallica dos barbaros
NA FLORESTA DO ALHEAMENTO
Na grande claridade do dia
Na minha alma ignobil e profunda registro
Na perfeição nítida do dia
Nada me pesa tanto no desgosto
Nada pesa tanto como o affecto alheio
Nas vagas sombras de luz por findar
Nasci em um tempo
Naufragios? Não, nunca tive nenhum
Nem ha maior cansaço
Nenhum premio certo
Nenhum problema tem solução
Nevoa ou fumo?
Ninguem ainda definiu
Ninguem comprehende outro
No alto ermo dos montes naturaes
No nevoeiro leve da manhã
No que somos e no que queremos
Nos primeiros dias do outomno
Nossa Senhora do Silencio
Nossa Senhora do Silencio
Nota (ou L. do D.) | Regra é da vida que podemos
Nota para as edições proprias
Nunca amamos alguem
Nunca durmo: vivo e sonho
Nuvens... Hoje tenho consciência
Não acredito na paysagem
Não comprehendo senão como
Não conheço prazer como o dos livros
Não creio alto na felicidade
Não crendo em nada com firmeza
Não fizeram, Senhor
Não me encontro um sentido...
Não me indigno, porque a indignação
Não me lembro da minha mãe
Não o amor, mas os arredores
Não se subordinar a nada
Não sei o que é o tempo
Não sei porquê
Não sei quantos terão contemplado
Não sei que vaga caricia
Não são as paredes reles
Não tendo que fazer
Não toquemos na vida
Não é nos largos campos
Não-desembarcar não tem caes
Nós não podemos amar
O Amante Visual
O Christo é uma fórma da emoção
O Rio da Posse
O Sensacionista
O ambiente é a alma das coisas
O calor, como uma roupa
O campo é onde não estamos
O cansaço de todas as illusões
O céu de estio prolongado
O desgosto de não encontrar nada
O dinheiro é bello
O dinheiro, as /creanças/
O enthusiasmo é uma grosseria
O gladio de um relampago frouxo
O governo do mundo começa em nós mesmos
O homem não deve poder ver
O homem perfeito do pagão
O homem vulgar, por mais dura
O homem, bobo da sua aspiração
O instinto infante da humanidade
O isolamento talhou-me
O lemma que hoje mais requeiro
O meu hábito vital de descrença
O moço atava os embrulhos
O mundo é de quem não sente
O mundo, monturo de forças
O olfacto é uma vista estranha
O patrão Vasques
O pensamento pode ter elevação
O peso de sentir!
O poente está espalhado
O povo é bom rapaz
O prazer de nos elogiarmos
O proprio escrever perdeu
O proprio sonho me castiga
O que ha de mais reles nos sonhos
O que tenho sobretudo é cansaço
O que, creio, produz em mim
O relogio que está lá para traz
O silencio que sahe do som da chuva
O socio capitalista aqui da firma
O sonho é a peor das drogas
O unico viajante com verdadeira alma
O vento levantou-se...
O verdadeiro sabio
Onde está Deus
Os classificadores de coisas
Os sentimentos que mais doem
Ouro de mim
Outra vez encontrei um trecho meu
Ouviu-me ler os meus versos
Paira-me à superficie do cansaço
Para comprehender, destrui-me
Parecerá a muitos que este meu diario
Pasmo sempre quando acabo qualquer coisa
Passaram mezes sobre o ultimo
Passavamos, jovens ainda
Passei entre elles extrangeiro
Paysagem de chuva
Pedi tam pouco á vida
Pensaste já, ó /Outra/
Penso se tudo na vida
Penso ás vezes com um agrado
Penso ás vezes que nunca sahirei
Penso ás vezes, com um deleite triste
Penso, muitas vezes
Peristylo
Pertenço a uma geração que herdou
Poder reincarnar numa pedra
Por entre a casaria
Por facil que seja
Por mais que pertença
Pref. | O meu conhecimento
Prefacio
Prefacio
Prefacio | Ele mobilára
Prefacio ás Ficcões do Interludio
Prefiro a prosa ao verso
Prosa de Ferias
Prouvéra aos deuses
Qualquer deslocamento das horas
Quando creança eu apanhava
Quando durmo muitos sonhos
Quando nasceu a geração
Quando o estio entra entristeço
Quando outra virtude não haja
Quando vim primeiro para Lisboa
Quando vivemos
Quando, como uma noite
Quantas coisas
Quantas vezes, no decurso dos mundos
Quantas vezes, presa da superficie
Quanto mais alta a sensibilidade
Quanto mais alto o homem
Quanto mais avançamos na vida
Quanto mais contemplo o spectaculo do mundo
Quem quizesse fazer um catalogo
Quem tenha lido as paginas
RReis — A doença do Ch[ristianis]mo
Reconhecer a realidade
Releio lucido, demoradamente
Releio passivamente, recebendo
Releio, em uma d'essas somnolencias
Remoinhos, redemoinhos
Repudiei sempre
Reso a ti o meu amor
Sabendo como as cousas
Saber que será má a obra
Saber ser supersticioso
Se a nossa vida fosse
Se algum dia me succeder
Se alguma coisa ha
Se considero com attenção a vida
Se eu tivesse escripto o Rei Lear
Se houvesse na arte o mistér
Segunda parte | Em mim o que ha de primordial
Semanas
Sempre me tem preoccupado
Sempre que podem
Sens[ações] nascem analysadas
Sentimento Apocalyptico
Sentir é uma maçada
Ser major reformado
Sim, é o poente
Sinto o tempo com uma dôr enorme
Sinto-me às vezes tocado
Socégo emfim
Sonho triangular
Sou curioso de todos
Sou d'aquellas almas
Sou mais velho que o Tempo
Subdito incoherente de todas
Supponho que seja o que chamam
Surge dos lados do oriente
Symph. de uma noite inquieta
São horas talvez de eu fazer
Só uma vez fui verdadeiramente
Tam dado como sou ao tedio
Tendo visto com que lucidez
Tenho a nausea physica
Tenho as opiniões
Tenho assistido, incognito
Tenho deante de mim
Tenho grandes estagnações
Tenho mais pena dos que sonham o provavel
Tenho por intuição
Tenho que escolher
Tenho sido sempre um sonhador
Theorias metaphysicas
Tive sempre uma repugnancia
Toda a metaphysica é a procura
Toda a vida da alma humana
Todo exforço, qualquer que seja
Todo o dia, em toda a sua desolação
Todo o homem de hoje
Todo o pensamento
Todos aquelles acasos infelizes
Todos os dias acontecem no mundo
Todos os movimentos
Trazei vós o pallio de ouro
Trecho.
Trez dias seguidos de calor sem calma
Tu não existes
Tu és do sexo das fórmas sonhadas
Tudo alli é quebrado
Tudo quanto de desagradavel
Tudo quanto não é a minha alma
Tudo quanto é acção
Tudo se me evapora
Tudo se me tornou insupportavel
Tudo é absurdo
Um dia
Um halito de musica ou de sonho
Um outro tedio
Uma carta
Uma das grandes tragedias
Uma das minhas preoccupações
Uma interpretação ironica da vida
Uma opinão é uma grosseria
Uma pedra é mais interessante
Uma secção intitulada: Paciencias
Uma só coise me maravilha mais
Uma vista breve de campo
Vejo as paisagens sonhadas
Vi e ouvi hontem um grande homem
Via lactea
Viagem nunca feita
Viagem nunca feita
Viajar? Para viajar basta existir
Viver a vida em sonho
Viver do sonho e para o sonho
Viver uma vida desapaixonada
Viver é ser outro.
Vivo sempre no presente
[Maneira de Bem Sonhar nos Metaphysicos]
a chuva cahia ainda triste
a tristeza solemne que habita
e do alto da majestade
esse episodio da imaginação
exprimir ao microscopio...
lunar scene
tudo é uma doença incuravel
Às vezes, em sonhos distraídos
Ás vezes, nos meus dialogos
Ás vezes, quando ergo a cabeça
Ás vezes, sem que o espere
É a ultima morte do Capitão Nemo
É legitima toda a violação da lei moral
É nobre ser timido
É uma oleographia sem remedio
Ó noite onde as estrellas
|