E para ti, ó Morte


E para ti, ó Morte, vá a nossa alma e a nossa
crença, a nossa esperança e a nossa saudação!

Senhora das Ultimas Cousas, Nome Carnal do
Mysterio e do Abysmo — alenta e consola quem
te busca, sem te ousar procurar!

Senhora da Consolação

Virgem-Mãe do Mundo absurdo, forma do Chaos
incomprehendido, alastra e estende o teu reino
sobre todas as cousas — sobre as flores que
pressentem que murcham, sobre as feras que es-
tremecemtropeçam de velhas, sobre as almas que nasceram
para te amar penando entre o erro e a illusão da vida!

, Lago ao luar dormindo sereno entre rochedos, longe da
lama e da polluição da Vida!

A vida, espiral do Nada,
infinitamente anciosa por o
que não pode haver.


Identificação: bn-acpc-e-e3-4-1-87_0127_64_t24-C-R0150
Heterónimo: Não atribuído
Formato: Folha (22.6cm X 17.2cm)
Material: Papel
Colunas: 1
LdoD Mark: Sem marca LdoD
Manuscrito (pen) : Testemunho misto: datiloscrito a tinta preta (4-64r) e manuscrito a lápis (4-64r).
Datiloscrito (black-ink) : Testemunho misto: datiloscrito a tinta preta (4-64r) e manuscrito a lápis (4-64r).
Data: 1916 (low)
Nota: , Texto escrito no recto de meia folha.
Fac-símiles: BNP/E3, 4-64r.1