Cada vez que, no giro das estações


Cada vez que, no giro das estações, apparece deante de mim a primavera, tenho pena de uma cousa — de não conhecer a lingua grega. Estou certo que só a quem possa ler Teocrito no original as flores... devem ter um sentido.

Pensamos em palavras, sem querer; e, entre nós e a primavera intercalam-se, pelo que pesam, as palavras pesadas das nossas linguas barbaras, sem rythmo, sem serenidade, sem equilibrio.


Identificação: TSC-2008 p. 186
Heterónimo: Não atribuído
Formato: Folha
Material: Papel
Colunas: 1
LdoD Mark: Sem marca LdoD
Manuscrito : Fac-símile ainda não disponível.
Nota: , Apenas Teresa Sobral Cunha inclui este texto no corpus do "Livro do Desassossego".
Fac-símiles: