Não me encontro um sentido... A vida pesa... Toda a emoção é de mais para mim... O meu coração é um privilegio de Deus... A que cortejos pertenci, que um cansaço de não sei que pompas embala a minha saudade?
E que pallios? que sequencia de estrellas? que lyrios? que flammulas? que vitraes?
Por que mysterio á sombra de arvores passaram as melhores fantasias, que n'este mundo tanto se recordam das aguas, dos cyprestes e dos buxos e não encontram pallios para os seus prestitos senão entre consequencias de se abster?
Não falles... Aconteces demasiado... Tenho pena de te estar vendo... Quando serás tu apenas uma saudade minha? Até lá quantas tu não serás! E eu ter de julgar que te posso ver é uma ponte velha onde ninguem passa... A vida é isto. Os outros abandonaram os remos... Não ha já disciplina nas cohortes... Fôram-se os cavalleiros com a manhã e o som das lanças... Teus castellos ficaram esperando estar desertos... Nenhum vento abandonou os renques das arvores ao cimo... Porticos inuteis, baixellas guardadas, prenuncios de prophecias — isso pertence aos crepusculos prosternados nos templos e não agora, ao encontrarmo-nos, porque não ha razão para tilias dando sombra senão teus dedos e o seu gesto tardio...
Razão de sobra para territorios remotos... Tratados feitos por vitraes de reis... Lyrios de quadros religiosos... Por quem espera o sequito?... Por onde se ergueu a aguia perdida?