São setins prolixos


São setins prolixos, purpuras perplexas e os imperios seguiram o seu rumo de morte entre embandeiramentos exoticos de ruas largas e luxurias de doceis sobre paragens. Pallios passaram. Havia ruas fôscas ou limpas nos decursos dos cortejos. Faiscavam frio as armas levadas nas dolorosas lentidões das inuteis marchas... Esquecidos os jardins nos suburbios e as aguas nos repuxos mera continuação do deixado, cahindo risos longinquos entre lembranças de luzes, não que as estatuas nas aleas fallassem , nem que se perdessem, entre amarelos em sequencia, os tons do outomno orlando tumulos. As alabardas esquinas para épocas pomposas, verde-negro, rôxo-velho e granate o tom das roupagens; praças desertas no meio das esquivanças; e nunca mais por entre canteiros onde se passa passearão as sombras que deixaram os contornos dos aqueductos.

Tanto os tambores, os tambores atroaram a tremula hora.


Título: São setins prolixos
Heterónimo: Não atribuído
Número: 553
Página: 503
Nota: [94-13ar-13v];
Nota: Jerónimo Pizarro edita este texto em apêndice, no conjunto "Textos sem destinação certa inventariados fora do núcleo" (2010: 490-516).