Ler o Escrever - Usa LdoD-Arquivo(148)

O moço atava os embrulhos


O moço atava os embrulhos de todos os dias no
frio crepuscular do escriptorio vasto. "Que grande trovão"
disse para ninguem, com um tom alto de "bons dias", o crudellissimo
bandido. Meu coração começou a bater novo.
O apocalypse tinha passado. Fez-se uma pausa Houve uma pausa que um aparo riscava.

E com que allivio — luz forte e clara, espaço,
trovão duro — este troar proximo já afastado nos alliviava
do que houvera. Deus cessara.
Cessara
Deus partia(-se)
cessava Senti-me respirar com os
pulmões inteiros completos. Reparei que estava pouco ar
no escriptorio. Notei que havia alli outra gente,
sem ser o moço. Todos haviam estado calados Tudo parara.
Soou uma cousa tremula e crespa: era a grande folha espessa
do Razão que o Moreira virara para deante, bruscamente, para
verificar.